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18 de novembro de 2020 (Bibliomed). O antibiótico amplamente prescrito azitromicina está sendo investigado como um tratamento para COVID-19, mas um novo estudo alerta que pode aumentar o risco de problemas cardíacos.
Pesquisadores da Faculdade de Farmácia da Universidade de Illinois de Chicago, nos Estados Unidos, analisaram dados de milhões de pacientes e descobriram que a azitromicina por si só não está associada a um aumento de problemas cardíacos. Contudo, o risco aumenta se for tomado com outras drogas que afetam o funcionamento elétrico do coração.
Os pesquisadores descobriram que, se tomada junto com drogas que afetam os impulsos elétricos do coração, a combinação está associada a um aumento de 40% nos eventos cardíacos, incluindo desmaios, palpitações cardíacas e até parada cardíaca.
Em 2012, a Food and Drug Administration dos EUA alertou que a azitromicina tinha sido associada a eventos cardíacos, mas as pesquisas produziram resultados mistos. Estudos anteriores examinando azitromicina e problemas cardíacos envolveram grupos que tendem a ser mais velhos e com mais problemas de saúde, incluindo pacientes e veteranos do Medicaid. Este estudo analisou uma ampla gama de pacientes, com idade média de 36 anos, observaram os autores.
As drogas que afetam os impulsos elétricos do coração são chamadas de drogas que prolongam o intervalo QT. Elas incluem medicamentos para a pressão arterial, como inibidores da ECA e betabloqueadores, alguns antidepressivos, medicamentos antimalária como a hidroxicloroquina, medicamentos opioides e até relaxantes musculares.
Em um estudo anterior, esta mesma equipe de pesquisadores já havia descoberto que uma em cada cinco pessoas prescritas azitromicina também estava tomando um medicamento para prolongar o intervalo QT, o que sugere que os médicos que prescrevem azitromicina devem ter certeza de que os pacientes não estão tomando uma droga que prolonga o QT.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2020.16864.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
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