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24 de junho de 2022 (Bibliomed). A eficácia das vacinas SARS-CoV-2 relatadas nos estudos de Fase 3 varia de aproximadamente 45% a 95%. Um novo estudo testou a hipótese de que a variação observada na eficácia das vacinas candidatas SARS-CoV-2 pode ser explicada pela prevalência da pandemia de COVID-19 nos locais de teste. Questionou-se se a prevalência das taxas de infecção por COVID-19 nos locais onde as empresas farmacêuticas realizaram testes poderia ter algo a ver com as diferenças nas eficácias observadas.
Os pesquisadores basearam esta ideia no fato de que taxas de infecção mais altas geralmente implicam em mais cepas mutantes, que provavelmente levarão a mais infecções emergentes e, consequentemente, reduzirão a eficácia das vacinas observadas no estudo.
Usando dados da Organização Mundial da Saúde, Universidade McGill, London School of Hygiene & Tropical Medicine Vaccine Centre, publicações científicas, clinicaltrails.gov e outros, os autores da pesquisa rastrearam as empresas farmacêuticas que relataram resultados de eficácia dos ensaios de Fase 3 de seus testes de vacinas COVID-19. Os pesquisadores então extraíram todos os dados disponíveis publicamente sobre as empresas farmacêuticas, concentrando-se na localização, conduta e resultados de eficácia dos ensaios da Fase 3.
Com base nos dados, os pesquisadores examinaram se havia uma conexão entre a prevalência das taxas de infecção por COVID-19 nos locais de teste e a eficácia das vacinas COVID-19. A localização geográfica mostrou existir uma associação significativa com a eficácia observada das vacinas COVID-19. Ensaios de vacinas realizados em locais com baixas taxas de infecção relataram maior eficácia, enquanto ensaios realizados em locais com altas taxas de infecção relataram menor eficácia.
As descobertas, publicadas na revista PLOS ONE, têm implicações importantes para moldar as políticas públicas, o atendimento ao paciente e as escolhas individuais. As organizações de saúde pública aconselham indivíduos, organizações, profissionais médicos e agências governamentais sobre a eficácia das vacinas com base nos resultados de ensaios clínicos realizados por empresas farmacêuticas. Esse conselho é muitas vezes o ponto de partida para legislação e/ou políticas para o público, corporações, escolas, clínicas médicas e fiscalização governamental.
Fonte: PLOS ONE (2022). DOI: 10.1371/journal.pone.0266271.
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