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Ômicron dura menos que Delta para quem recebeu dose de reforço de vacina

04 de maio de 2022 (Bibliomed). As pessoas vacinadas e que receberam uma dose de reforço contra o COVID-19 se recuperam dos sintomas da variante Ômicron mais de três dias antes do que aquelas com a variante Delta, segundo estudo recente. O estudo também descobriu que as pessoas com Ômicron são significativamente menos propensas a perder o olfato e confirmou pesquisas anteriores de que é menos grave.

Para descobrir as diferenças em como Ômicron e Delta causam doença nos pacientes, os pesquisadores usaram um aplicativo de smartphone gratuito chamado ZOE, no qual mais de 63.000 pessoas vacinadas na Grã-Bretanha com idades entre 16 e 99 anos relataram seus sintomas de COVID entre junho de 2021 e janeiro de 2022.

Para aqueles com duas doses de vacina mais um reforço, os sintomas da Ômicron duraram 4,4 dias, em comparação com 7,7 da Delta – uma diferença de 3,3 dias.

As pessoas que receberam duas doses da vacina, mas nenhuma dose de reforço, viram os sintomas da Ômicron desaparecerem em 8,3 dias, em comparação com 9,6 dias para o Delta, de acordo com o estudo publicado na revista médica The Lancet.

A recuperação mais rápida sugere “que o período de infecciosidade pode ser mais curto, o que, por sua vez, afetaria as políticas de saúde no local de trabalho e as orientações de saúde pública”, disseram os pesquisadores.

O estudo, que será apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas em Lisboa no final deste mês, também descobriu que apenas 17% das pessoas com Ômicron perderam o olfato, em comparação com 53% da Delta. No entanto, as pessoas com Ômicron tiveram um risco 55% maior de ter dor de garganta e 24% mais probabilidade de desenvolver uma voz rouca.

O estudo também descobriu que os pacientes da Ômicron eram 25% menos propensos a serem internados no hospital.

Fonte: The Lancet. DOI: 10.1016/S0140-6736(22)00327-0.

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