Notícias de saúde

Medicamentos antivirais do HIV podem ser úteis contra COVID-19

26 de abril de 2022 (Bibliomed). Alguns medicamentos antivirais usados no tratamento do HIV podem ajudar a proteger conta o COVID-19. Segundo estudo, apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, que ocorre em Portugal, pessoas com HIV que estão em tratamento antirretroviral (ART) com inibidores de protease podem ter um risco menor de infecção por COVID-19.

Os inibidores de protease são medicamentos antivirais que bloqueiam uma enzima crítica (protease) que os vírus precisam para se replicar e infectar mais células.

O estudo incluiu centenas de pacientes com HIV em seis hospitais na França, incluindo 169 que estavam tomando ART com inibidores de protease e 338 que estavam tomando ART sem inibidores de protease. Nenhum dos pacientes (idade média de 50 anos) havia sido diagnosticado anteriormente com COVID-19. Os homens representaram 52% dos pacientes e as mulheres 48%.

Entre os pacientes em tratamento com inibidores de protease, 77% estavam em uso de darunavir/ritonavir, cerca de 8% estavam em uso de atazanavir/ritonavir e 14% estavam em uso de outros inibidores de protease. Em média, eles tomam inibidores de protease há pelo menos um ano. Durante um ano de acompanhamento, 12% dos pacientes que tomam inibidores de protease e 22% daqueles que não tomam inibidores de protease foram diagnosticados com COVID-19. Quatro dos pacientes que não tomam inibidores de protease foram internados no hospital com COVID-19.

Após o ajuste para idade, sexo e outros fatores associados a um risco aumentado de COVID-19, os pesquisadores concluíram que os pacientes do grupo inibidor de protease tinham 70% menos probabilidade de serem infectados com COVID-19 em comparação com aqueles que não estavam tomando inibidores de protease.

Os pesquisadores também descobriram que os pacientes em ambos os grupos que haviam sido expostos ao COVID-19 nos 14 dias anteriores ao teste tinham duas vezes mais chances de testar positivo, aqueles que moravam na mesma casa com pelo menos três outras pessoas eram três vezes mais probabilidade de testar positivo, e aqueles que perderam o sentido do paladar eram seis vezes mais propensos a testar positivo.

Fonte: Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas. 23 a 26 de abril de 2022. Lisboa, Portugal.

Copyright © 2022 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários