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Molécula na saliva de carrapato pode ser anticoagulante

25 de fevereiro de 2022 (Bibliomed). Um estudo do Instituto Butantan, em parceria com o Instituto Pasteur da Tunísia, identificou uma molécula nas glândulas salivares do Hyalomma dromedarii, carrapato de camelos do Deserto do Saara, que demonstrou capacidade anticoagulante significativa em testes iniciais realizados em laboratório.

Chamada Dromaserpina, a molécula foi capaz de inibir o principal fator da coagulação, a trombina, que é uma proteína essencial para a formação dos coágulos sanguíneos, além de interferir na agregação das plaquetas.

Os pesquisadores selecionaram a molécula para a pesquisa e então fizeram sua clonagem e a expressaram em bactérias. Depois disso, foi feita a purificação da molécula para caracterização de sua estrutura e verificação da atividade em testes globais de coagulação sanguínea.

Em uma análise paralela, os cientistas testaram a atividade da molécula na presença da heparina, um anticoagulante comumente utilizado em hospitais. Eles descobriram que, na presença da heparina, a Dromaserpina apresentou uma atividade anticoagulante muito mais importante. Nos próximos meses os autores testarão a atividade da Dromaserpina em células, usando modelos como inflação e câncer. Sendo obtidos resultados positivos, os autores esperam começar os testes em animais em 2023.

Fonte: Instituto Butantan. 24 de fevereiro de 2022.

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