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Pâncreas artificial pode ajudar crianças com diabetes tipo 1

21 de fevereiro de 2022 (Bibliomed). Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, mostrou que um sistema de "pâncreas artificial" pode superar o tratamento padrão no controle do diabetes tipo 1.

O diabetes tipo 1 é causado por um ataque equivocado do sistema imunológico às células produtoras de insulina do corpo. A insulina é um hormônio que regula o açúcar no sangue, e as pessoas com diabetes tipo 1 precisam tomar insulina sintética diariamente.

O pâncreas artificial - também chamado de sistema híbrido de circuito fechado - conecta a bomba de insulina e o monitor de glicose em um único sistema automatizado. O intermediário é um algoritmo de computador que analisa as leituras de glicose do monitor e ajusta automaticamente as doses de insulina da bomba. Os pesquisadores explicam que essa automação faz com que não seja necessário fazer medições em intervalos específicos de tempo, o que melhora a qualidade de vida da criança e dos pais, já que não precisarão acordar no meio da noite para medir a glicose.

O novo estudo incluiu 74 crianças de 2 a 7 anos. Cada uma passou 16 semanas usando um monitor tradicional de glicose e bomba de insulina, e 16 semanas usando um sistema de pâncreas artificial desenvolvido pelos pesquisadores de Cambridge.

Em média, o estudo descobriu que as crianças passaram cerca de 72% do dia dentro da faixa normal de açúcar no sangue quando estavam usando o pâncreas artificial – pouco mais de duas horas a mais do que o tratamento padrão. O sistema também reduziu os casos de açúcar no sangue muito alto, sem aumentar os níveis de açúcar no sangue potencialmente perigosos.

Segundo os pesquisadores, o os sistemas híbridos de circuito fechado são o melhor tratamento disponível para o diabetes tipo 1, mas encontra como principal barreira de acesso para a maioria das pessoas o preço, uma vez que não é uma tecnologia barata e existe um custo contínuo de suprimentos para o monitor e a bomba de glicose.

Fonte: New England Journal of Medicine. DOI: 10.1056/NEJMoa2111673.

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