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Segregação racial aumenta risco de pressão alta

17 de fevereiro de 2022 (Bibliomed). Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que adultos negros e hispânicos que vivem em bairros segregados racialmente podem ser mais propensos a desenvolver pressão alta quando comparados àqueles que vivem em comunidades não segregadas.

Realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, o estudo mostrou que o risco de desenvolver pressão alta diminui se as pessoas nesses bairros segregados se sentirem seguras e socialmente conectadas umas às outras.

Para o estudo, os pesquisadores acompanharam o desenvolvimento da hipertensão em 1.937 adultos negros, hispânicos e chineses por uma média de sete anos. Os participantes estavam na faixa dos 50 anos, morando em bairros segregados e não segregados em seis cidades nos EUA.

No final do estudo, 66% dos participantes negros, 54% dos hispânicos e 48% dos chineses tinham pressão alta, que os pesquisadores definiram como uma leitura de pelo menos 140/90 ou tomando medicamentos para baixar a pressão arterial.

Moradores negros e hispânicos de bairros segregados eram 33% mais propensos a desenvolver pressão alta do que seus pares que moravam em bairros não segregados. Os pesquisadores não encontraram diferenças estatisticamente significativas no risco de hipertensão entre adultos chineses que viviam em bairros segregados quando comparados aos que viviam em bairros não segregados. Os autores acreditam que isso se deve ao pequeno número de participantes chineses.

Os autores ressaltam que, assim como a segregação, outros determinantes sociais da saúde são muitas vezes moldados pelo racismo estrutural, que historicamente dita onde as minorias raciais e étnicas podem viver, trabalhar, ir à escola e procurar atendimento médico.

Fonte: Journal of the American Heart Association. DOI: 10.1161/JAHA.121.023084.

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