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Nos Estados Unidos, quase um terço dos jovens negros têm pressão alta

12 de agosto de 2020 (Bibliomed). A pressão alta é frequentemente vista como uma condição da velhice, mas um novo estudo constata que é comum entre jovens norte-americanos, especialmente jovens negros. As descobertas, publicadas na edição de julho da Mayo Clinic Proceedings, baseiam-se em mais de 15.000 participantes em um estudo federal de saúde em andamento. A pressão alta - definida como 130/80 mm Hg ou superior - foi "surpreendentemente" predominante.

O estudo envolveu adultos com idades entre 18 e 44 anos, nos Estados Unidos, e descobriu que a pressão alta era predominante em todos os grupos raciais: entre os participantes brancos e mexicanos americanos, 22% tinham a condição. Mas os jovens negros foram os mais atingidos, com quase um terço mostrando pressão arterial elevada. Para agravar o problema, apenas uma minoria de jovens estava recebendo tratamento. E poucos - não mais que 15% - tinham a condição sob "controle ideal".

De acordo com os pesquisadores, a pressão alta nas idades jovens é particularmente preocupante, porque as consequências também podem aparecer mais cedo. E elas incluem condições tão graves como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e doença renal.

No entanto, a maioria das pessoas não sabia que tinha a doença e ainda menos medicamentos prescritos. Na verdade, os jovens negros tiveram as maiores taxas de tratamento, com cerca de um terço enquanto isso, 21% dos mexicanos-americanos e 24% dos brancos estavam em tratamento.

Embora poucas pessoas tivessem a condição bem controlada, dois fatores aumentaram as chances: ter seguro de saúde e fazer visitas regulares ao médico. Para os pesquisadores, isso sugere que melhorar o acesso dos jovens a cuidados de saúde acessíveis, bem como a exames de saúde de rotina, independentemente da idade, pode levar ao diagnóstico precoce e, consequentemente, à melhora da condição geral de saúde. Os pesquisadores explicam que os jovens, muitas vezes, não sentem a necessidade de procurar um médico para exames de rotina porque se sentem bem. Contudo, eles ressaltam que a pressão alta normalmente não apresenta sintomas, o que aumenta o risco para essa população.

Fonte: Mayo Clinic Proceedings. July, 2020.