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Anticorpos de lhama podem combater COVID-19 em humanos

08 de outubro de 2021 (Bibliomed). O futuro dos tratamentos com COVID-19 pode incluir um minúsculo anticorpo feito por lhamas. Pesquisadores britânicos atribuem a uma lhama chamada Fifi a descoberta. Segundo eles, esses nanocorpos de lama, que também são produzidos por camelos, poderiam eventualmente ser produzidos em um laboratório e administrados por spray nasal, ligando-se fortemente ao vírus COVID-19 e neutralizando-o.

A solução potencial parece mais fácil do que usar anticorpos de pacientes humanos que se recuperaram do vírus, observaram os autores do estudo. Esses anticorpos humanos normalmente são administrados por infusão em um ambiente hospitalar.

Para fazer a pesquisa, a equipe injetou uma porção da proteína spike COVID-19 em Fifi, que faz parte da unidade de produção de anticorpos da Universidade de Reading, no Reino Unido. A proteína spike é encontrada na parte externa do novo coronavírus e se liga às células humanas para infectá-las.

As injeções acionaram o sistema imunológico de Fifi para lutar contra o vírus, gerando nanocorpos contra ele. Os pesquisadores então retiraram uma amostra de sangue de Fifi e purificaram quatro nanocorpos, combinando-os em cadeias de três para aumentar sua capacidade de se ligar ao vírus. Em seguida, eles foram produzidos em células de laboratório. Três cadeias de nanocorpos foram capazes de neutralizar as variantes originais do vírus, assim como a variante Alpha. Uma quarta cadeia de nanocorpos neutralizou a variante Beta.

Os pesquisadores também administraram uma das cadeias de nanocorpo, conhecida como trímero, em hamsters infectados com o vírus. Os hamsters responderam bem, mostrando menos doença, menor perda de peso e menor carga viral em seus pulmões e vias aéreas após sete dias do que os animais não tratados.

No entanto, os autores ressaltam que os resultados obtidos em animais nem sempre são repetidos em humanos. Ainda assim, eles estão otimistas, pois veem os resultados como um potencial tratamento a ser usado, já que os nanocorpos são mais fáceis de produzir e não requerem armazenamento refrigerado.

Fonte: Nature Communication. DOI: 10.1038/s41467-021-25480-z.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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