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Uso de Antibiótico para Bronquite é Alto em Pronto-Socorro

Por Karla Harby

FILADÉLFIA (Reuters Health) - Há muitas evidências de que antibióticos são impróprios para tratar bronquite simples e que o uso abusivo contribui para desenvolver bactérias resistentes. No entanto, em serviços de emergência em Syracuse, Nova York, foram prescritos antibióticos para 82 por cento das pessoas saudáveis com bronquite.

As conclusões foram apresentadas durante encontro do American College of Emergency Physicians.

Dos 295 pacientes com bronquite, quase todos tinham tosse e 78 por cento apresentavam excesso de muco, mas nenhum deveria ter recebido antibiótico, disse à Reuters Health, Elliot Rodriguez, da Universidade dos Estados de Nova York-Upstate Medical University.

Entre 70 e 88 por cento dos pacientes, dependendo do hospital, receberam antibiótico ou prescrição para os remédios.

"Com base na literatura, não há indicação que impeça os antibióticos de causarem resultados ruins e de que usá-los melhore o tempo para cura", disse Rodriguez.

O especialista especula que os médicos podem se sentir pressionados pelos paciente a prescrever antibiótico ou que não estejam informados sobre a pouca utilidade em muitas infeções.

Apesar da alta taxa de prescrição para antibióticos, mais da metade dos pacientes do estudo não foi submetida a raio X de tórax, que poderia ter sido pedido para ajudar no diagnóstico ou na decisão sobre o tratamento, informaram os pesquisadores.

O trabalho também revelou diferenças no uso do antibiótico de acordo com o tipo de profissionais de saúde.

"Parece haver um superuso dos antibióticos independentemente de quem atende os pacientes e onde. Conforme os resultados, os assistentes clínicos, são os piores", observou Rodriguez. Os assistentes clínicos não são médicos e prescreveram antibióticos em 94 por cento das vezes, comparados a 78 por cento quando o atendimento de emergência é feito por clínicos e 70 por cento quando é feito por médicos residentes.

Sinopse preparada por Reuters Health

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