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Nos EUA, mais adolescentes se identificam como gays, lésbicas e bissexuais

05 de agosto de 2021 (Bibliomed). Mais adolescentes nos Estados Unidos estão relatando sua identidade sexual como gays, lésbicas ou bissexuais, como mostram pesquisas nacionais. Entre 2015 e 2019, a porcentagem de jovens de 15 a 17 anos que disseram se identificar como "não heterossexuais" aumentou de 8,3% para 11,7%, de acordo com pesquisas nacionais dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

De acordo com os autores da pesquisa, embora as análises demonstrem que houve um aumento significativo na proporção de meninas e meninos que se identificaram como gays, lésbicas ou bissexuais, não se pode ter certeza se isso representa um aumento real dessa magnitude, ou se reflete pelo menos em parte, um maior conforto dos adolescentes com o reconhecimento de uma identidade não heterossexual em um questionário anônimo.

Desde 2015, a Pesquisa de Comportamento de Risco Juvenil do CDC incluiu perguntas sobre a identidade sexual dos entrevistados e o sexo de seus contatos íntimos. Antes de 2015, essas perguntas eram incluídas apenas em algumas versões regionais da pesquisa. A análise dos dados da pesquisa regional entre 2005 e 2015 mostrou um aumento na identidade sexual não heterossexual para meninos e meninas.

A nova pesquisa de abrangência nacional incluiu 20.440 meninos e 21.106 meninas, com idade média de 16 anos. Além do aumento geral, o percentual de meninos que se identificam como não heterossexuais passou de 4,5% para 5,7%. Para as meninas, o aumento foi maior - de 12,2% para 17,8%.

O aumento de adolescentes que se identificaram como não heterossexuais não foi correspondido por um aumento correspondente no contato íntimo do mesmo sexo. Embora a pesquisa tenha mostrado aumentos modestos, eles não foram grandes o suficiente para serem estatisticamente significativos.

Os pesquisadores dizem que a provável explicação para a maior proporção de meninas que se identificam como gays ou bissexuais e o aumento correspondente na atividade do mesmo sexo é porque o estigma para os meninos continua muito maior do que para as meninas.

Fonte: JAMA Pediatrics. DOI: 10.1001/jamapediatrics.2021.1109.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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