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Quais os cigarros preferidos do público LGBT?

17 de março de 2022 (Bibliomed). O tabagismo está entre as principais causas de morte evitável no mundo. Estudos norte-americanos mostram que as populações de lésbicas, gays e bissexuais (LGB) têm taxas de tabagismo mais altas do que a população geral (20%–27% vs 14%). Um dos fatores que contribuem para as disparidades do tabagismo entre as populações LGB é o marketing direcionado à indústria do tabaco. Começando há mais de 3 décadas, a indústria do tabaco foi uma das primeiras indústrias comerciais a direcionar seu marketing para populações LGB. Assim, as populações LGB são mais propensas a serem expostas à mídia relacionada ao tabaco e podem ser mais receptivas ao marketing do tabaco do que as populações heterossexuais.

Para tal, foram usados dados de uma pesquisa americana para realizar análises bivariadas ponderadas em 2019–2020 da prevalência de 5 marcas de cigarros comumente usadas entre fumantes adultos (N = 24.310) por orientação sexual. Foi realizada uma análise interseccional do uso da marca em fumantes LGB, considerando os papéis de gênero e raça ou etnia.

Observou-se que fumantes LGB eram mais propensos a usar Camel e cigarros American Spirit do que os fumantes heterossexuais. Fumantes lésbicas/gays tiveram maiores chances de uso do cigarro Marlboro do que os fumantes heterossexuais. Fumantes bissexuais eram mais propensos a fumar cigarros Newport do que fumantes heterossexuais. As interações entre identidades LGB e femininas (vs homens gays ou bissexuais) foram positivamente associadas ao uso de Camel, Marlboro e Newport.

O estudo pode concluiu que fumantes LGB podem ser mais propensos a fumar algumas marcas de cigarro do que fumantes heterossexuais, e gênero e raça ou etnia podem ter implicações na preferência da marca. Este estudo também destaca a importância de estudar os subgrupos da população LGB, pois foram encontradas diferenças não apenas no uso de marcas entre fumantes LGB e heterossexuais, mas também entre os subgrupos LGBT.

Fonte: Preventing Chronic Disease. DOI: 10.5888/pcd18.210160.

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