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Dieta mediterrânea pode ajudar a evitar a demência

01 de junho de 2021 (Bibliomed). A chamada dieta mediterrânea, rica em vegetais, frutas, azeite e peixe, pode proteger o cérebro do acúmulo e encolhimento da placa, sugere um novo estudo do German Center for Neurodegenerative Diseases, na Alemanha.

Os pesquisadores observaram a ligação entre a dieta e as proteínas amiloide e tau, que são uma marca registrada do Alzheimer, mas também são encontradas no cérebro de pessoas mais velhas sem demência.

Para o estudo, ele e seus colegas coletaram dados de mais de 500 pessoas, das quais mais de 300 apresentavam alto risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Os participantes relataram suas dietas e fizeram testes de linguagem, memória e função executiva. Eles também passaram por varreduras cerebrais, e mais de 200 tiveram amostras de líquido espinhal coletadas para procurar biomarcadores de amiloide e tau.

Depois de ajustar para idade, sexo e educação, os pesquisadores descobriram que cada ponto inferior na escala da dieta mediterrânea estava relacionado a quase um ano a mais de envelhecimento do cérebro, visto na parte do cérebro intimamente ligada à doença de Alzheimer.

Pessoas que não seguiram uma dieta mediterrânea tinham níveis mais elevados de marcadores de amiloide e tau, descobriram os pesquisadores. Além disso, as pessoas que não seguiram uma dieta mediterrânea tiveram notas mais baixas nos testes de memória do que aquelas que seguiram.

De acordo com os pesquisadores, esses resultados contribuem para o conjunto de evidências que associa os hábitos alimentares à saúde do cérebro e ao desempenho cognitivo na velhice. No entanto, eles destacam que mais pesquisas são necessárias para validar esses resultados e compreender melhor os mecanismos subjacentes, uma vez que este estudo não conseguiu provar uma relação de causa e efeito.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000012067.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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