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05 de março de 2021 (Bibliomed). A fim de conter a pandemia de COVID-19, muitos países adotaram como estratégia o lockdown. Com isso, empresas, escolas e estabelecimentos de serviços não essenciais fecharam as portas, e as pessoas tiveram que ficar em casa. Um novo estudo sugere que, apesar de tanto homens quanto mulheres estarem em isolamento social, a responsabilidade de cuidar dos filhos muitas vezes recaiu sobre os ombros das mulheres.
O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, envolveu casais em que ambos trabalhavam e tinham pelo menos um filho com menos de 6 anos. Eles pesquisaram 274 casais e acompanharam 133 deles até maio.
Embora cerca de 37% dos casais dependessem da esposa para fornecer a maioria ou todos os cuidados infantis, 44,5% usaram estratégias mais igualitárias e quase 19% usaram estratégias que não eram de gênero ou igualitárias.
As estratégias de co-parentalidade incluíam dias de trabalho alternados, planejamento de turnos diários que abarcavam trabalho e cuidados infantis para marido e mulher, e horários alternados que mudavam de acordo com as necessidades de trabalho do casal. Essas estratégias realmente aumentaram a produtividade de ambos os pais.
O artigo não inclui citações qualitativas, mas os pesquisadores lembram claramente os comentários dos participantes, que incluíam reclamações de exaustão, insônia, cansaço, e ressentimentos, especialmente quando a maior parte ou a totalidade do trabalho recaía sobre a mulher.
Para os pesquisadores, não é surpresa que quando apenas a mulher faz todo o trabalho os resultados sejam ruins para o casal, pois cria muita tensão no relacionamento, o que atrapalha na relação homem-mulher e no trabalho.
Fonte: Journal of Applied Psychology. DOI: 10.1037/apl0000857.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.
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