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Inflamação do coração por COVID-19 menos comum do que se pensava

09 de dezembro de 2020 (Bibliomed). A inflamação do músculo cardíaco, ou miocardite, é menos comum em pacientes com COVID-19 do que se pensava anteriormente, de acordo com um novo estudo do Centro de Ciências da Saúde da Louisiana State University, nos Estados Unidos.

As taxas previamente relatadas de miocardite em pacientes com COVID-19 variaram de 14% entre os atletas recuperados a 60% em pacientes recuperados de meia-idade e idosos. Para obter uma imagem mais clara, os investigadores analisaram autópsias de 277 pessoas que morreram de COVID-19 em nove países. A taxa de miocardite nesses pacientes foi entre 1,4% e 7,2%.

De acordo com os pesquisadores, embora esteja claro que a COVID-19 impacta os vasos sanguíneos e o coração, tem sido difícil saber quão reproduzíveis quaisquer alterações são devido ao tamanho relativamente pequeno da amostra da maioria das séries de autópsia.

Contudo, eles ressaltam que os resultados sugerem que a miocardite causada por COVID-19 pode ser relativamente rara, mas mesmo uma taxa baixa de miocardite de 1,4% poderia prever centenas de milhares de casos mundiais de miocardite em COVID-19 grave devido ao enorme número de indivíduos infectados.

Os pesquisadores explicam que baixas taxas de miocardite não indicam que os indivíduos infectados com COVID-19 não tenham problemas cardiovasculares, mas sim que essas complicações são provavelmente devido a outros fatores de estresse, como ativação de células endoteliais, tempestades de citocinas ou desequilíbrios eletrolíticos.

Fonte: Cardiovascular Pathology. DOI: 10.1016/j.carpath.2020.107300.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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