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21 de outubro de 2020 (Bibliomed). Os americanos negros e hispânicos têm duas vezes mais chances de testar positivo para COVID-19 do que os americanos brancos, relatam os pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine, na Inglaterra.
Para o estudo, uma equipe internacional coletou dados sobre cerca de 6 milhões de pessoas, mas não encontrou diferenças no número de mortos 30 dias após o teste positivo para COVID-19. No entanto, as descobertas destacam a necessidade de melhores maneiras de conter e prevenir surtos em comunidades de minorias raciais e étnicas nos Estados Unidos, disseram os autores do estudo.
Os pesquisadores examinaram todos os que estavam sob cuidados antes do início da pandemia e, em seguida, identificaram quem foi testado, quem deu positivo e quem morreu 30 dias após o teste. Em cada um desses estágios, os pesquisadores analisaram as diferenças entre pessoas negras, hispânicas e brancas.
Entre 8 de fevereiro e 22 de julho, mais de 254.000 pessoas foram testadas e mais de 16.000 foram positivas para COVID-19. Entre os pacientes negros, 10% tiveram resultados positivos, assim como 11% dos hispânicos e 4% dos pacientes brancos. Entre aqueles com teste positivo, mais de 1.000 morreram em um mês, mas nenhuma diferença por raça ou etnia foi observada.
A disparidade entre negros e brancos variava por região, com o meio-oeste mostrando a maior lacuna e o oeste, a menor. Embora a lacuna entre os pacientes negros e os brancos diminuísse durante o período do estudo, foi maior em locais que tiveram um surto precoce ou ressurgente. A disparidade entre hispânicos e brancos era consistente ao longo do tempo, área geográfica e padrão de surto.
Para os pesquisadores, entender o que está causando essas disparidades é vital para que as estratégias possam ser adaptadas para conter a epidemia desproporcional em comunidades minoritárias.
Fonte: PLOS Medicine. DOI: 10.1371/journal.pmed.1003379.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
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