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Para algumas pessoas, atividade física pode não aliviar estresse relacionado à pandemia

14 de outubro de 2020 (Bibliomed). Os exercícios são frequentemente recomendados para combater o estresse e a ansiedade, mas pode não ser a solução para preocupações relacionadas à pandemia, indicam novas pesquisas.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados coletados de mais de 900 pares de gêmeos fraternos idênticos e do mesmo sexo no estado de Washington durante os estágios iniciais da pandemia. Enquanto 42% disseram que seus níveis de atividade física caíram, 27% disseram que aumentaram. Outros 31% relataram nenhuma mudança.

Aqueles que disseram que seus níveis de atividade física diminuíram nas primeiras duas semanas após a emissão das ordens de permanência em casa relataram níveis mais elevados de estresse e ansiedade, uma descoberta que os pesquisadores esperavam. Contudo, eles ficaram surpresos que o mesmo aconteceu entre muitos gêmeos que aumentaram seus níveis de atividade física.

De acordo com os pesquisadores, a ligação entre a diminuição da atividade física e o estresse foi confundida por fatores genéticos e ambientais. Em pares de gêmeos, onde um relatou diminuição da atividade e o outro permaneceu o mesmo, não houve diferença em seus níveis de estresse.

Os pesquisadores ressaltam que não é necessariamente que o exercício não ajude a controlar o estresse, mas sim que há algo geneticamente a ambientalmente ligando os dois, e que, pelo menos a curto prazo, parece que não há muito impacto na diminuição ou aumento da atividade física em termos de controle de estresse e ansiedade, mas destacam que isso pode ser diferente em poucos meses. Por isso, a equipe planeja continuar seguindo os gêmeos.

Fonte: PLOS One. DOI: 10.1371/journal.pone.0237695.