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Swab autocoletado no meio da narina é capaz de detectar o SARS-CoV-2

27 de agosto de 2020 (Bibliomed). Mais diagnósticos são urgentemente necessários para conter a disseminação da doença por coronavírus 2019 (COVID-19). A coleta por zaragatoas em casa poderia aumentar o acesso aos testes, minimizando o risco de exposição aos profissionais de saúde e o esgotamento dos equipamentos de proteção individual, permitindo a detecção precoce do COVID-19 pela comunidade.

Pesquisadores da Universidade de Washington em Seattle compararam swabs auto coletados em casa sem supervisão com swabs nasofaríngeos coletados por médicos para o diagnóstico de COVID-19 em 185 participantes. Os participantes foram recrutados entre pacientes ambulatoriais sintomáticos com teste positivo para SARS-CoV-2 e entre profissionais de saúde sintomáticos, que receberam kits de teste para coleta domiciliar não supervisionada de um swab do meio da garganta.

Os pesquisadores descobriram que 22,2% dos participantes obtiveram resultados positivos nos testes SARS-CoV-2 através do swab coletado pelo médico, swab auto coletado em casa ou ambos. Cento e cinquenta e oito dos participantes eram trabalhadores da área da saúde e 9% desses participantes apresentaram resultados positivos. A sensibilidade e especificidade dos swabs domésticos foram de 80,0% e 97,9%, respectivamente, em comparação com os swabs clínicos. Observou-se uma correlação positiva para os limiares do ciclo (uma medida semiquantitativa da carga viral) de zaragatoas domésticas com zaragatoas clínicas. A sensibilidade dos swabs domésticos foi de 95% em uma análise de sensibilidade de todos os swabs com um limiar de ciclo menor ou igual a 32.

O estudo concluiu que para a detecção do coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) em pacientes sintomáticos, a coleta de swab não supervisionada do meio da nasofaringe é comparável à coleta de swab nasofaríngeo coletada pelo médico.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2020.16382.