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HIV pode viajar a partir do cérebro

18 de junho de 2020 (Bibliomed). O HIV pode residir nas células cerebrais e se espalhar para o corpo, indica um novo estudo realizado com ratos no Rush University Medical Center, nos Estados Unidos. Sabe-se que o HIV entra no cérebro dentro de oito dias após a infecção, mas pouco se sabe se as células cerebrais infectadas pelo HIV podem liberar o HIV, que pode infectar outros tecidos.

O estudo descobriu que certos tipos de células cerebrais podem abrigar o HIV, que pode se espalhar para células imunológicas que o transportam para outras partes do corpo - mesmo que o HIV tenha sido suprimido pela terapia antirretroviral. No estudo, os pesquisadores transplantaram células cerebrais de astrócitos humanos infectados ou não infectados pelo HIV no cérebro de camundongos imunodeficientes. O cérebro humano contém bilhões de astrócitos, que realizam uma variedade de tarefas, desde o suporte à comunicação entre as células cerebrais até a manutenção da barreira hematoencefálica.

Os pesquisadores descobriram que os astrócitos infectados com HIV transplantados foram capazes de espalhar o vírus para células T imunes a CD4 positivas no cérebro. Essas células imunes então migraram do cérebro para o resto do corpo, espalhando a infecção para órgãos como o baço e os linfonodos. Isso ocorreu, embora em níveis mais baixos, mesmo quando os camundongos receberam terapia antirretroviral combinada, um tratamento padrão para o HIV.

Apesar de o trabalho ainda estar no estagio inicial e de as pesquisas com animais não necessariamente serem replicadas em humanos, os pesquisadores ressaltam que o trabalho demonstra o papel crítico do cérebro como reservatório do HIV capaz de reinfectar os órgãos periféricos com o vírus acreditam que os resultados podem ser importantes nas tentativas de encontrar curas para o HIV.

Fonte: PLOS Pathogens. June 11, 2020.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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