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06 de maio de 2019 (Bibliomed). Filhos de mães com transtorno de personalidade limítrofe (TPL) correm maior risco de desenvolver problemas de comportamento infantil e psicopatologia, incluindo o TPL no futuro. Mães com TPL tendem a demonstrar maior hostilidade durante a interação mãe-filho e podem ter dificuldades com a ligação, a sintonia e o apego. Sua capacidade limitada de criar um vínculo seguro com seus bebês, associada à reduzida disponibilidade emocional materna, pode desempenhar um papel crítico na transmissão da psicopatologia materna à criança.
Um estudo apresentado no 27th European Congress of Psychiatry (EPA 2019), que ocorreu de 06 a 09 de abril de 2019, em Varsóvia, Polônia, teve como objetivo descrever o estado da arte da literatura médica sobre psicopatologia em bebês de mães com transtorno de personalidade limítrofe.
Os autores revisaram a literatura publicada sobre este tema, selecionando os artigos relevantes com as palavras do tópico: transtorno de personalidade limítrofe, maternidade/mãe e psicopatologia infantil em base de data científica. Os estudos incluíram crianças em todas as idades (desde recém-nascidos até a adolescência) e todos revelaram achados congruentes e complementares na presença de psicopatologia nos filhos de mães com TPL.
Os bebês de mães com TPL expressam menos vocalizações positivas e menos autorregulação não autonômica do que os bebês de mães sem psicopatologia. Houve também uma associação de interações mal-adaptativas mãe-filho e sintomas da TPL, como impulsividade, dissociação e desregulação afetiva/comportamental.
A partir desses resultados, os pesquisadores concluíram que existe a necessidade de criação de programas de treinamento para mães com TPL e seus filhos, e que cubram todos os estágios de desenvolvimento, desde o início da vida até a idade adulta.
Fonte: 27th European Congress of Psychiatry (EPA 2019), 06 a 09 de abril de 2019, Varsóvia – Polônia.
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