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04 de novembro de 2008 (Bibliomed). A forma mais aguda de depressão pós-parto – associada ao suicídio e ao infanticídio – pode ser uma condição genética, segundo estudo de três universidades do Reino Unido. Anteriormente acreditava-se que esse transtorno seria causado pelas circunstâncias da mulher, personalidade e mudanças hormonais, porém o novo estudo sugere uma causa genética.
A maioria das mulheres fica vulnerável emocionalmente e apresenta irritabilidade após o nascimento do filho. Porém, a depressão pós-natal é uma condição mais severa e de longo prazo que afeta de 10% a 15% das mães e, se não for tratada, pode atrapalhar o desenvolvimento do bebê e levar as mães a pensar em se matar e matar o bebê. De acordo com os autores, as mulheres são 23% mais propensas de serem admitidas em uma unidade psiquiátrica nos primeiros 18 meses após o parto do que em qualquer outro período da vida.
O trabalho começou para isolar o gene, com o objetivo de permitir aos médicos identificar e tratar mulheres em risco de psicose pós-parto antes de elas serem afetadas. “A psicose pós-parto é classificada como um dos mais graves episódios de doença vista na prática clínica”, destacaram os pesquisadores, que avaliaram o DNA de famílias com pelo menos uma mulher que havia sofrido de depressão pós-parto. Eles acompanharam 500 mulheres desde 12 semanas antes do parto até oito semanas após o nascimento.
E os resultados indicaram que as mulheres com um gene recessivo específico são mais suscetíveis à condição. “Nós identificamos regiões cromossômicas que são mais propensas a abrigar genes que predispõe os indivíduos (à psicose pós-parto)”. Mais estudos estão sendo realizados para reduzir o impacto da condição na saúde de mães e bebês.
Fonte: The West Australian. 03 de novembro de 2008.
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