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16 de novembro de 2015 (Bibliomed). Uma nova pesquisa sugere que beber café não parece elevar a possibilidade de ocorrência de um tipo frequente de arritmia, a fibrilação atrial. Os resultados foram publicados on-line na revista BMC Medicine.
A Fibrilação Atrial, um subtipo comum de arritmia cardíaca, é caracterizada pelo ritmo de batimentos rápido e irregular dos átrios do coração, com incidência de 2,5% da população mundial, o equivalente a 175 milhões de pessoas. É a segunda maior causa de mortes em tudo mundo.
A principal (e pior) consequência da Fibrilação Atrial é o aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC), uma condição popularmente conhecida como “derrame”. Essa arritmia está associada com o avanço da idade, acometendo, sobretudo, a população na faixa dos 75 a 80 anos. A estimativa é que de 5 a 10% dos brasileiros terão esse tipo de arritmia, segunda a Sobrac - Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.
O novo estudo incluiu 76.475 pessoas que relataram o seu consumo de café em 1997. O consumo médio de café destes indivíduos foi de três xícaras por dia. Os pesquisadores acompanharam a saúde dos participantes durante os 12 anos seguintes. Eles também analisaram os resultados de quatro estudos anteriores que seguiram 248.910 pessoas por até 12 anos. Todos os estudos foram feitos na Suécia ou nos Estados Unidos.
Os investigadores não encontraram nenhuma ligação entre o fato de beber café e fibrilação atrial em nenhum dos estudos. Isso era verdade mesmo entre aqueles com os níveis mais altos de consumo de café.
Segundo os autores, este é o maior estudo prospectivo até à data sobre a associação entre o consumo de café e o risco de fibrilação atrial. Não foi encontrada nenhuma evidência de que o alto consumo de café aumente o risco de fibrilação atrial.
Fonte: BMC Medicine 2015, 13:207 doi:10.1186/s12916-015-0447-8
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