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Aids Avança Entre as Minorias nos EUA

Por Emma Patten-Hitt

ATLANTA (Reuters Health) - A epidemia HIV/Aids continua tendo um impacto desproporcional e devastador entre as minorias, informou David Satcher, cirurgião-geral e secretário assistente de Saúde (o equivalente norte-americano do ministro da Saúde), durante a Conferência Norte-Americana sobre Aids, em Atlanta.

"Quando a Aids começou a se espalhar nos Estados Unidos, em 1981, era vista como uma epidemia homens brancos gays", lembrou Satcher. "Isso foi relativamente verdadeiro por algum tempo, mas houve uma mudança dramática."

As estatísticas mais recentes -- com dados coletados entre julho de 1999 a junho de 2000 -- mostram um aumento exagerado de novos casos de infecção por HIV entre afro-americanos e latinos. As maiores vítimas são as mulheres negras e latinas, que respondem por 78 por cento dos novos casos de Aids notificados.

De acordo com os dados, os afro-americanos, que são apenas 12 por cento da população americana, representam mais de 50 por cento dos 40 mil novos casos estimados de infecção por HIV e quase metade do total de casos relatados.

Os latinos são 11 por cento da população e respondem por 19 por centro dos novos casos de infecção e 19 por cento do total de casos de Aids relatados.

Índios americanos e esquimós e populações como as das ilhas do Pacífico e descendentes de imigrantes asiáticos estão sub-representados nas estatísticas.

"O problema é que o sistema de notificação nessas populações não é muito bom e podemos estar subestimando o impacto da epidemia de Aids entre esses grupos", admitiu Satcher.

O especialista discutiu duas iniciativas federais voltadas para esses segmentos -- a Crisis Response Team (CRT, sigla para Equipe de Respostas para Crise) e a Leadership Campaing on Aids (TLCA, sigla para Campanha de Lideranças para Aids).

A CRT oferece assistência técnica para cidades com minorias fortemente atingidas pela epidemia de HIV/Aids, enquanto a TLCA trabalha com a mobilização de lideranças locais e comunitárias no combate à Aids.

"Tivemos grandes avanços no que se refere à redução da mortalidade, mas ainda enfrentamos o desafio de impedir uma disseminação ainda maior da doença", disse Satcher.

"A Aids está evoluindo para se tornar uma epidemia crescente entre negros, latinos, mulheres e jovens", explicou o especialista.

Sinopse preparada por Reuters Health

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