Folhetos de saúde

Distúrbio obsessivo-compulsivo

© Equipe Editorial Bibliomed

O que é?

Os denominados distúrbios de personalidade são padrões de comportamento do indivíduo, usualmente mal adaptados, e não relacionados ao meio ou papel cultural de onde vive. São mais comumente denominados traços de personalidade, porém esses traços são inflexíveis e constantes em todas as atividades e relacionamentos da pessoa.

O distúrbio de personalidade obsessivo-compulsiva caracteriza-se pela presença de perfeccionismo e inflexibilidade exagerados do doente. Em todas as atividades cotidianas a pessoa apresenta um zelo excessivo, preocupa-se com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários, a ponto de perder o foco principal da atividade.

Este distúrbio é mais comum em homens que em mulheres, e possivelmente está relacionado com padrões genéticos (herança familiar).

Como se detecta?

A identificação do distúrbio é clínica, estando o médico apto a definir o quadro a partir dos sintomas relatados pelo paciente, e das situações em que ocorrem.

Observa-se que maioria dos acometidos advém de famílias com padrões rigorosos de criação e ensino. O doente apresenta freqüentemente insistência para que os demais indivíduos também sigam seu modo de realizar as coisas, ou até mesmo impede que outras pessoas realizem atividades devido à convicção de que eles não as realizarão de forma adequada.

Normalmente a pessoa com o distúrbio dedica-se excessivamente ao trabalho, visando produtividade máxima sempre, a ponto de se abdicar totalmente de atividades de lazer. Evita ter que tomar decisões, uma vez que não é capaz de estabelecer prioridades. Mostra-se com excesso de escrúpulos, inflexível no que tange as questões morais, éticas ou de valores.

O indivíduo doente também se mostra incapaz de se desfazer de objetos usados ou inúteis, mesmo que estes não possuam valor sentimental. Não apresenta generosidade a ponto de doar seu tempo, dinheiro ou presentes a outros, a menos que isso resulte em ganhos pessoais.

Como se trata?

A abordagem terapêutica é individual, e deve ser definida por um profissional habilitado, geralmente o psiquiatra.

Costuma-se utilizar as psicoterapias, terapias de grupo ou até mesmo o uso de algum medicamento conforme o caso exija. Lembre-se, somente seu médico poderá aconselhá-lo na abordagem desta condição. 

Fonte:

Kaplan HI, Sadock BJ. Distúrbios de personalidade. In: Kaplan HI, Sadock BJ. Manual de Psiquiatria Clínica. MEDSI Editora Médica e Científica Ltda, RJ, 1992: 211 – 230.