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1) O que significa distúrbio obsessivo-compulsivo de personalidade?

O distúrbio de personalidade obsessivo-compulsiva caracteriza-se, nos indivíduos, pela presença de perfeccionismo e inflexibilidade exagerados. Em todas as atividades cotidianas e em seus relacionamentos a pessoa apresenta um zelo excessivo, preocupa-se com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários, a ponto de perder o foco principal da atividade.

2) Em que indivíduos o distúrbio obsessivo-compulsivo de personalidade é mais comum?

Este distúrbio é mais comum em homens do que em mulheres, e possivelmente está relacionado com padrões genéticos (herança familiar).

3) Como é possível saber se um determinado indivíduo apresenta distúrbio obsessivo- compulsivo de personalidade?

A identificação do distúrbio obsessivo-compulsivo de personalidade é clínica, estando o médico apto a definir o quadro a partir dos sintomas relatados pelo paciente, e das situações em que ocorrem.

Nota-se que a maioria das pessoas acometidas advém de famílias com padrões rigorosos de criação e ensino. O doente apresenta freqüentemente insistência para que os demais indivíduos também sigam seu modo de realizar as coisas, ou até mesmo impede que outras pessoas realizem atividades devido à convicção de que eles não as realizarão de forma adequada.

Normalmente a pessoa com o distúrbio dedica-se excessivamente ao trabalho, visando produtividade máxima sempre, a ponto de se abdicar totalmente de atividades de lazer. Evita ter que tomar decisões, uma vez que não é capaz de estabelecer prioridades. Mostra-se com excesso de escrúpulos, inflexível no que tange as questões morais, éticas ou de valores.

O indivíduo doente também se mostra incapaz de se desfazer de objetos usados ou inúteis, mesmo que estes não possuam valor sentimental. Não apresenta generosidade a ponto de doar seu tempo, dinheiro ou presentes a outros, a menos que isso resulte em ganhos pessoais.

4) Como se trata o distúrbio obsessivo-compulsivo de personalidade?

A abordagem terapêutica é individual, e deve ser definida por um profissional habilitado, geralmente o psiquiatra.

Costuma-se utilizar as psicoterapias, terapias de grupo ou até mesmo o uso de algum medicamento conforme o caso exija.

Nas terapias, serão abordadas questões referentes à submissão e intelectualização e que favoreçam o autocontrole do indivíduo.

Lembre-se, somente o médico poderá orientá-lo na abordagem desta condição.

Fonte:

Kaplan HI, Sadock BJ. Distúrbios de personalidade. In: Kaplan HI, Sadock BJ. Manual de Psiquiatria Clínica. MEDSI Editora Médica e Científica Ltda, RJ, 1992: 211 – 230.