Pessoas com HIV estão vivendo mais, embora não tão saudáveis

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Medicina

As pessoas com HIV, vírus que causa a Aids, estão vivendo mais e agora têm uma expectativa de vida média que se aproxima da daqueles que não têm a doença.  Estudo realizado pela Universidade de Harvard, no entanto, sugere que essas pessoas podem não estar vivendo melhor.

O estudo comparou dados de 2003 e 2016 para jovens com e sem HIV na idade de 21 anos, e teve como base uma análise dos resultados de saúde de 39.000 adultos HIV positivos e mais de 387.000 adultos HIV negativos segurados pelo consórcio norte-americano de assistência gerenciada Kaiser Permanente.

Em 2003, os soropositivos que iniciaram terapia antirretroviral e tinham altos níveis de função imune, com base na contagem de células CD4, tinham uma expectativa de vida de pouco mais de 57 anos, em comparação com pouco mais de 64 anos entre aqueles não infectados. Porém, adultos HIV positivos correm alto risco de várias condições de saúde relacionadas, incluindo complicações no fígado, rins, doenças pulmonares crônicas, diabetes e câncer.

Em 2003, estimava-se que jovens soropositivos viveriam aproximadamente mais onze anos sem comorbidades, um ano a mais do que os dados encontrados em 2016, que cuja expectativa é de dez anos. Em comparação, jovens da mesma idade sem o vírus podem viver até 25 anos sem comorbidades.

Para os pesquisadores, esses resultados evidenciam a necessidade de maior atenção à prevenção de comorbidades entre pessoas com HIV, uma vez que manter a saúde geral nessa população é especialmente importante tendo em vista as comorbidades às quais estão sujeitas.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2020.7954.

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