A vida adulta é mais difícil para adolescentes com pais controladores

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Comportamento

Adolescentes com pais controladores podem ter mais dificuldades em relacionamentos românticos quando adultos. É o que sugere estudo da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, que acompanhou 184 adolescentes e descobriu que aqueles com pais dominadores tinham um futuro diferente de seus colegas: em média, eles não foram tão longe em sua educação e eram menos propensos a ter um relacionamento romântico por idade 32.

No estudo, os adolescentes foram avaliados pela primeira vez aos 13 anos. Os participantes responderam questionários sobre controle dos pais, sua própria maturidade psicológica e social e sintomas de depressão. Os pesquisadores também os observaram em interações gravadas em vídeo com um amigo. Anos depois, quando os participantes tinham 27 anos, aqueles em relacionamentos românticos foram gravados nas interações com o parceiro.

No geral, o estudo constatou que essas interações eram menos favoráveis ​​entre os participantes que classificaram seus pais como dominadores aos 13 anos, o que significa que houve menos contato visual entre os parceiros, menos interesse no que a outra pessoa estava dizendo e mais conversas entre si. Pessoas com pais controladores também eram menos propensas a ter um relacionamento aos 32 anos. O padrão era semelhante quando se tratava de escolaridade: jovens adultos com pais dominadores não foram tão longe quanto seus pares.

As razões precisas não são claras, mas duas características-chave pareciam explicar os problemas da vida adulta. Quando adolescentes, crianças com pais controladores eram tipicamente menos maduras e menos populares que seus pares. Além disso, os pais que tentam controlar a vida de seus filhos adultos aumentam as chances desses desenvolverem depressão e ansiedade, alcoolismo e "esgotamento" no período universitário.

Os pesquisadores explicam que pais dominadores podem prejudicar a capacidade "autorreguladora" de seus filhos: o autocontrole, a capacidade de resolver problemas e outras habilidades que as pessoas precisam para navegar nos relacionamentos.

Os pesquisadores disseram que o estudo não pode provar causa e efeito. Mas isso aumenta a evidência de que os pais de "helicópteros" podem acabar causando mais mal do que bem às crianças.

Fonte: Child Development. DOI: 10.1111/cdev.13377.

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