Indivíduos afro-americanos, de uma forma geral, têm expectativas de vida mais baixas quando comparados a pessoas brancas. Porém, em pessoas que são submetidas a diálises, esses números se invertem, e a expectativa de vida de negros aumenta, enquanto a de brancos diminui.
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA) acompanharam 554 pacientes brancos e 262 pacientes negros durante um período médio de quatro meses. O objetivo era comparar as diferenças inflamatórias entre as raças, tentando encontrar uma explicação para a diferença de expectativa de vida. Os resultados da pesquisa mostraram que após cinco anos, 34% dos negros morreram, enquanto 56% dos brancos faleceram. A vantagem de sobrevivência existiu apenas para negros com altos níveis de inflamação, sendo que pacientes afro-americanos com níveis mais baixos de inflamação viveram por períodos de tempo semelhantes aos de pessoas brancas.
Os pesquisadores não sabem claramente como a inflamação está associada à sobrevivência. Uma explicação possível é que a inflamação em brancos pode estar associada a doenças cardíacas, enquanto em negros ela está ligada a doenças que são menos prejudiciais. De acordo com o estudo, se o impacto da inflamação pudesse ser alterado, as taxas de sobrevivência poderiam ser melhoradas para pacientes de ambas as raças.