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Homens e mulheres jovens infectados pelo HIV são duas vezes mais propensos do que os adultos infectados a praticar sexo sem segurança ou compartilhar agulhas após o diagnóstico, de acordo com pesquisadores de Seattle. O estudo foi publicado no número de janeiro do American Journal of Public Health.
Os resultados do estudo dos pacientes HIV positivos mostra que, a despeito das mensagens de alerta avisando pessoas sobre os riscos de compartilhar agulhas para drogas ilícitas e de praticar sexo sem proteção, os jovens tendem a acreditar que as precauções não se aplicam a eles.
O estudo comparou comportamentos de risco de 139 jovens HIV positivos (com menos de 22 anos ao diagnóstico) com os de 2.880 pacientes adultos (com mais de 22 anos ao diagnóstico, média de 32 anos). As Dras. Catherine Diamond e Susan Buskin revisaram os prontuários médicos dos participantes do estudo no período entre 1990 e 1998.
Evidências de comportamento de riso incluíram incidências documentadas de sexo sem segurança, compartilhamento de agulhas sem desinfecção, infeção por doenças sexualmente transmissíveis, prostituição e gravidez dentro de 6 meses após o exame HIV positivo.
Entre as mulheres jovens HIV positivas, 66% apresentou evidências de comportamento de risco comparadas com 46% das mulheres adultas. Entre os homens HIV positivos, 28% dos jovens tinham comportamento de risco comparados com 16% dos adultos.
Os pesquisadores notam que estes dados são de pessoas sob cuidados médicos, sendo que na população geral os números podem ser ainda maiores.
"A maioria das mensagens de saúde pública são direcionadas à prevenção entre pessoas não infectadas," disse a Dra. Diamond. "Os comportamentos de risco de pessoas HIV positivas não estão sendo adequadamente enfocados.
É importante continuar a tentar intervir com medidas de prevenção entre pessoas HIV positivas por causa de seu potencial de infectar outras pessoas."
Fonte: American Journal of Public Health 2000;90:115-118.
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