Artigos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
Neste artigo:
- Introdução
- Sintomas
- Diagnóstico
- Tratamento
A endometriose é o crescimento de tecido endometrial fora do útero, como intestinos, ovários, trompas de falópio ou bexiga. Estima-se que entre 6% a 10% das mulheres tenham endometriose em algum grau, sendo mais frequente na população estéril (onde alcança de 25% a 25%) e naquelas com dor pélvica (entre 75% e 80%).
Ainda não se sabe os motivos que levam o tecido endometrial a crescer fora do útero, mas o problema pode causar dores, sobretudo durante a menstruação e a relação sexual, além de comprometer a fertilidade da mulher. Entre as teorias mais aceitas para a endometriose estão a de que pequenos fragmentos do endométrio que seriam eliminados durante a menstruação podem subir pelas Trompas de Falópio em direção aos ovários e entrar na cavidade abdominal; a de que as células endometriais podem ser transportadas pelos vasos sanguíneos ou linfáticos; e a de que células localizadas fora do útero podem se transformar em células endometriais
A endometriose pode ser assintomática, o que torna difícil seu diagnóstico precoce. Contudo, os sintomas mais comuns incluem:
- Cólicas intensas antes e durante a menstruação que, dependendo do grau da doença, pode ser tão intensa a ponto de incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais;
- Dor durante a relação sexual;
- Dor e sangramento intestinal e urinário durante a menstruação;
- Dificuldades para engravidar, incluindo infertilidade;
- Dor difusa ou crônica na região pélvica;
- Sangramento menstrual intenso ou irregular;
- Fadiga ou exaustão crônica.
O diagnóstico da endometriose deve ser realizado por um médico através de exame físico, incluindo histórico da paciente, ultrassonografia, exame ginecológico, dosagem de marcadores (CA-125) e outros exames laboratoriais e de imagem que o profissional julgar necessário. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de biópsia.
A endometriose é uma doença crônica, que tende a regredir espontaneamente com a menopausa. Em mulheres mais jovens, pode ser tratada com o uso de medicamentos e hormônios que suspendem a menstruação, como pílulas anticoncepcionais e análogos do GnRH. Em casos de lesões maiores, pode ser necessária a retirada cirúrgica. Existe, também, a possibilidade de retirada do útero e ovários, mas é uma alternativa radical geralmente reservada para mulheres que já tiveram filhos e/ou que não desejam engravidar.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc. 17 de março de 2021.
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