"Em novembro, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em parceria com estados e
municípios, promoveu a Campanha de Vacinação contra Rubéola em Mulheres. Na primeira
etapa, a campanha foi realizada em vários estados, e atingiu mulheres de idades entre 12
e 39 anos. O objetivo da campanha foi reduzir os casos de rubéola no país e,
principalmente, a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), uma complicação da rubéola
que prejudica o feto de mulheres grávidas podendo causar deficiência mental, auditiva,
visual, entre outras."
A campanha de vacinação deste ano apresentou até no momento uma baixa adesão de
mulheres. Uma semana antes do fim da campanha, apenas 23.8% das 5 milhões de mulheres com
idades entre 12 e 29 anos procuraram os postos de saúde para serem vacinadas contra a
doença. Provavelmente devido ao trabalho, as mulheres entre 25 e 39 anos foram as que
menos procuraram os postos de vacinação. Já as mulheres entre 15 e 19 anos foram as que
mais aderiram a campanha.
As mulheres que ainda não se vacinaram devem procurar os postos de saúde para
vacinação, pois o número de casos de rubéola vem crescendo. Em 1999, a incidência da
rubéola, na faixa etária de 15 a 19 anos, era de 4 casos por 100 mil habitantes. No ano
passado, na mesma faixa etária, a incidência subiu para 11,4 casos por 100 mil
habitantes. Na faixa etária de 20 a 29 anos o aumento de casos também foi verificado: de
5,7 casos por 100 mil habitantes, para 11,9 casos por 100 mil habitantes.
A rubéola também pode trazer diversos danos ao feto, caso a mulher se contamine durante
a gravidez, especialmente no primeiro trimestre da gestação, sendo esta a razão mais
importante para vacinação, evitar a chamada síndrome da Rubéola congênita. Nessa
síndrome, podem ocorrer diversas complicações como abortos espontâneos, retardo no
crescimento do feto além de diversas malformações congênitas como a surdez, doenças
do coração, nos olhos, retardo mental, meningites, anemias, problemas no fígado e nos
ossos.
Os motivos para vacinação não param por aí. Como não existe tratamento específico
contra a rubéola, a única forma de evitar a doença e todas as suas complicações é a
vacina.
A Rubéola é uma doença caracterizada por manchas avermelhadas na pele, e é causada por
um vírus, o Rubivírus rubella. Ela é uma doença benigna, mas que como já foi dito, se
torna preocupante em mulheres grávidas.
A transmissão da rubéola se dá pelo contato com secreções nasais e bucais de pessoas
infectadas, como a saliva. Além disso, a rubéola pode ser transmitida de mãe para filho
durante a gravidez através da placenta. De 14 a 21 dias, após contato com o vírus, a
pessoa poderá apresentar os sintomas.
Às vezes esses sintomas são muito leves e podem passar desapercebidos. Aproximadamente
metade das pessoas com rubéola não percebem suas manifestações. Outras pessoas podem
apresentar manchas avermelhadas na pele, que se iniciam na face, couro cabeludo e
pescoço. Mais tarde, essas manchas se espalham pelo tronco e membros.
Adolescentes e adultos podem apresentar febre baixa, cefaléia, dores pelo corpo,
conjuntivite, corrimento nasal e tosse. É característica da rubéola o aparecimento de
nódulos dolorosos atrás da orelha e no pescoço.
Os sintomas costumam durar por vários dias, mas raramente persistem por mais de duas
semanas.
A rubéola não tem tratamento específico. O médico pode apenas aliviar os sintomas da
pessoa doente até que ela se cure por completo. Um único episódio da doença geralmente
provoca imunidade permanente.
Antes do programa de vacinação infantil, os mais afetados pela doença eram crianças de
5 a 14 anos de idade. Atualmente, a maioria dos casos ocorre em adolescentes e adultos
jovens.
Assim, devido ao aumento da incidência da doença e dos problemas que ela pode causar,
toda mulher deve procurar se vacinar, antes mesmo de pensar em engravidar.
Além das mulheres, as crianças de 15 meses de idade devem ser vacinadas.
A vacina geralmente proporciona a imunidade por toda a vida, mas pode causar algumas
complicações que desaparecem depois de algumas semanas. Podem aparecer alguns sintomas
como febre baixa, lesões na pele ou dores nas articulações. Contudo, a vacina contra a
rubéola é muito importante e não deve ser evitada.
No entanto, a vacina não deve ser tomada pelas mulheres que já estão grávidas. Isso,
porque, ela pode provocar a doença no feto. Por isso, recomenda-se que a gravidez seja
evitada por 3 meses após a vacinação. Além disso, a vacina está contra indicada em
pessoas com alergia aos componentes da vacina, ou em pessoas com o sistema imune
deficiente, como no caso de indivíduos com Aids.
Toda a população deve estar consciente da importância da vacinação contra a rubéola
que é simples e eficaz.
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27 de Novembro de 2006.