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A primeira visita ao Ginecologista

© Equipe Editorial Bibliomed

A primeira visita ao ginecologista costuma ser motivo de muita fantasia e apreensão para as adolescentes. Significa, em parte, assumir que se é mulher, e não mais criança, e esta decisão é, muitas vezes, tomada pelas mães e não pela menina.

O momento certo para a primeira visita ao ginecologista é aquele em que a adolescente manifestar vontade de consultar um especialista, seja por que tem alguma queixa ginecológica, seja por que tem alguma dúvida que não conseguiu esclarecer com seus pais.

Via de regra, esta manifestação acontece quando a menina está pretendendo iniciar sua vida sexual e deseja saber mais sobre anticoncepção. Na maioria das vezes, elas vão sozinhas. Se possível, preferem a companhia de uma amiga.

Na primeira visita ao ginecologista de uma menina ainda virgem, não se faz exame ginecológico completo. É feita uma entrevista, seguida de exame clínico e observação dos caracteres sexuais secundários. No caso de queixa ginecológica, é possível que seja pedido um exame de ultrassonografia pélvica via abdonominal.

Os exames ginecológicos só devem ser feitos com o consentimento expresso da menina ou em caso de queixa em que se tornem imprescindíveis. O exame forçado pode levar a problemas futuros no relacionamento da menina com o médico, com abalo de confiança e trauma psicológico.

O retorno ao médico depende da necessidade: a menina deve voltar ao consultório na medida em que tenha dúvidas ou queixas. Se já tem vida sexual ativa, a frequência ao ginecologista deve ser anual.

As principais razões que levam uma menina ao ginecologista, pela primeira vez, são: as inseguranças em relação as mudanças do corpo, o ciclo menstrual, questões sobre sexualidade, higiene íntima, métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), AIDS, dúvidas sobre a idade certa para menstruar, menstruação dolorosa ou irregular, dores na barriga fora do período menstrual, irritações, corrimentos vaginais não habituais, nódulos ou lesões incômodas, ardor ao urinar, líquido ou nódulo no seio, início da vida sexual com dúvidas sobre contraceptivos e planejamento familiar.

De qualquer maneira, não é necessário ter uma razão concreta para consultar um ginecologista pela primeira vez: basta que a jovem pretenda obter mais informações sobre seu corpo e as mudanças típicas da puberdade.

Por outro lado, não deve haver hesitação quando alguma coisa não parece certa, para se marcar uma consulta, onde sempre se deve revelar ao médico qualquer coisa que sinta como anormal, visando facilitar o diagnóstico.

Geralmente o medico faz perguntas sobre a idade que ocorreu a primeira menstruação; presença de problemas ginecológicos graves (infecção genital, quisto no ovário, nódulos ou caroços nos seios); utilização de contraceptivos, quais, por quanto tempo e como se sentiu; gravidez; presença de doenças sérias ou operações cirúrgicas; vacinação contra rubéola e hepatite B; presença de hipertensão, diabetes, altas taxas de colesterol e câncer de mama na família; entre outras.

Em cada nova consulta, o médico deverá perguntar quando foi a última menstruação, se sente algum problema específico, se surgiram dores ou ardências espontaneamente ou durante as relações sexuais, Saber se a adolescente começou a fumar ou se trocou de namorado, também são perguntas que habitualmente são feitas.

Naturalmente, algumas questões da vida amorosa aparecerão durante uma visita ao ginecologista e mesmo que pareçam indiscretas, podem ajudar o médico a saber em que condições a pode examinar, qual o tipo de contraceptivo mais indicado e se deve se preocupar com o risco de doenças sexualmente transmissíveis.

As orientações básicas para a consulta ginecológica se resumem em: Não marcar consulta durante o período menstrual, pois dificultará o exame, fazer uma higiene adequada, mas sem exageros, responder calmamente as perguntas, tranquilidade e abertura durante a consulta, para que o médico possa ajudar a solucionar os problemas.

Copyright © 2017 Bibliomed, Inc.             08 de março de 2017