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As Infecções da Pele e as Escaras de Decúbito no Idoso

A infecção da pele é uma situação muito freqüente na terceira idade. A erisipela é a infecção da pele causada por uma bactéria denominada estreptococo.

É freqüente na infância e também na terceira idade. Provoca febre, lesões avermelhadas na pele (freqüentemente no rosto), evoluindo com pequenos pontos de pus. Ocorre devido a alguma lesão da pele, que pode ser um ferimento, ou mesmo uma cirurgia.

O tratamento se baseia em antibióticos, com destaque para a penicilina. A escabiose ou sarna é uma infecção da pele provocada por artrópodes. É contagiosa e tem tendência a se tornar crônica.

Está relacionada a má higiene e também a dermatites. Compromete toda a superfície do corpo, provocando manchas avermelhadas e coceira. As lesões da pele podem se infectar com bactérias, provocando complicações. O tratamento se baseia em uso local de medicação específica e rigorosos cuidados higiênicos, destacando-se a limpeza cuidadosa das roupas.

Em situações de imobilidade, como nas doenças acompanhadas de paralisias, surge com freqüência as escaras de decúbito que se situam principalmente na região sacral e se infectam com facilidade desenvolvendo abcessos. A escara é a úlcera de pressão ou de decúbito que se forma em conseqüência da imobilidade.

O que há é uma lesão da pele (necrose) devido a compressão das partes moles (pele e músculos) que fica entre o osso e uma superfície externa dura. O primeiro sinal da formação da úlcera é uma vermelhidão localizada em um ponto da pele, evolui com a lesão da pele e do músculo, aprofundando até o osso. Pode surgir mesmo em poucas horas de manutenção em uma mesma posição. Na grande maioria das vezes pode ser evitada com cuidados de enfermagem.

Sua ocorrência é mais freqüente entre idosos internados em hospitais ou sanatórios e que por alguma razão permanecem imobilizados. Ocorre tanto no paciente deitado como no sentado, que permanece longo tempo na mesma posição.

Fica agravado pelo fato de o processo de cicatrização estar mais lento no idoso, e se acentua com a umidade gerada por uma eventual incontinência urinária. O nível de consciência da pessoa é muito importante, sendo um fator agravante nas pessoas inconscientes.

Os locais mais freqüentemente comprometidos são os tornozelos, calcanhares , nádegas (região sacral ) e cotovelos.

A principal complicação da escara é a infecção que inicialmente é local, mas pode se disseminar. Outra complicação é a infecção óssea (osteomielite).

A mudança freqüente de posição (a cada duas horas no máximo), evitar a elevação da cabeça com relação aos pés e a utilização de colchão especial (de ar ou de água), são atitudes importantes que devem ser somadas aos cuidados médicos quanto à nutrição (proteínas, vitaminas) e ao controle da incontinência urinária.

O tratamento local da escara se baseia na retirada cirúrgica do tecido necrosado (desbridamento) e a utilização de medicamentos tópicos (anti-séptico, antibióticos).

O anti-séptico de uso tópico deve ser bem diluído (Liquido de Dakin, por exemplo) a ponto de evitar sua ação deletéria sobre o processo de cicatrização. Os curativos que seguem o desbridamento devem ter controle médico rigoroso para se evitar focos de infecção e a volta dos pontos de pressão.

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