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Aprendendo a esquecer

21 de julho de 2011 (Bibliomed).  Os seres humanos são capazes de controlar e esquecer intencionalmente os fatos indesejados? Segundo o psicólogo Gerd Thomas Waldhauser, da Universidade de Lund, na Suécia, sim. Utilizando a técnica de neuroimagens, o pesquisador sugere que da mesma forma como somos capazes de controlar nossos impulsos motores, podemos controlar nossa memória.

Segundo o psicólogo, o esquecimento pode ser útil em várias situações, como no tratamento da depressão e do estresse pós-traumático. Contudo, as possíveis consequências da repressão deliberada da memória ainda não estão claramente estabelecidas.

"Sabemos que os sentimentos 'esquecidos' ou 'reprimidos' muitas vezes se manifestam como reações fisiológicas", diz Waldhauser, que ressalta que os voluntários foram treinados para esquecer informações neutras em um ambiente de laboratório controlado.

O experimento foi realizado com voluntários que foram treinados para esquecer algumas informações. Durante o processo, seus cérebros foram monitorados com medições de eletroencefalografia, que mostraram que a tentativa de controlar a memória ativa as mesmas partes do cérebro ativadas quando se tenta conter um impulso motor. A inibição da memória ocorre depois de algumas horas de exercícios, e quanto mais a informação é suprimida, mais difícil se torna recuperá-la posteriormente.

A partir desses resultados, Waldhauser sugere que, assim como é possível praticar restrições aos impulsos motores, é também possível treinar a repressão das memórias, ou seja, é possível aprender a esquecer os fatos.

Fonte: Diário da Saúde, 15 de julho de 2011.

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