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Médicos do Brasil e dos EUA Usam Robô em Telecirurgia

SÃO PAULO (Reuters) - Uma telecirurgia feita com a ajuda de um robô e envolvendo dois países de hemisférios diferentes será realizada pela primeira vez no domingo, durante o 18o. Congresso Mundial de Endourologia, que acontece em São Paulo.

Através da técnica -- que associa a laparoscopia à cirurgia à distância -, um paciente será operado de varicocele (varizes na bolsa escrotal) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, por um robô monitorado por computador montado no Brasil que estará sob o comando do médico Louis Kavoussi, do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, Estados Unidos.

No Brasil uma equipe médica, que coordena a operação, introduz os instrumentos e uma pequena câmera de vídeo através de pequenos orifícios no paciente.

A partir das imagens fornecidas pela câmera, Kavoussi, nos Estados Unidos, dará comandos ao robô que irá movimentar os instrumentos e fará a cirurgia no paciente.

"Nós fornecemos a via de acesso para o médico nos Estados Unidos", disse à Reuters o urologista Nelson Rodrigues Netto Júnior, presidente do congresso e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A telecirurgia será transmitida, em tempo real, para médicos participantes do congresso, que poderão interagir com a equipe de operação, enviando dúvidas e perguntas.

"A demonstração tem caráter didático e pretende apresentar uma nova tecnologia que será incorporada e terá espaço clínico no país", disse o presidente do congresso.

Ele destacou que a técnica pode ser utilizada em qualquer tipo de cirurgia, sendo destinada, no entanto, a casos especiais "como situações em que o paciente encontra-se em lugares de difícil acesso, sem condições de ser removido e com poder de resolução limitado".

A primeira telecirurgia realizada no mundo foi feita em 1998, com a participação dos Estados Unidos e Áutria, segundo assessoria do congresso.

Sinopse preparada por Reuters Health

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