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Adolescentes felizes têm mais chances de serem adultos felizes

28 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). A forma como a infância e a adolescência são vividas afeta como será a vida adulta da pessoa. Pesquisas já determinaram que infâncias problemáticas estão associadas à problemas mentais, mas o oposto não havia sido estudado ainda. A Universidade de Cambridge (Inglaterra) desenvolveu um estudo que estabelece ligações entre adolescências vividas de forma positiva e uma vida adulta feliz e bem sucedida.

Os pesquisadores usaram informações de 2776 indivíduos que participaram de um estudo feito em 1946 na Inglaterra. Quando essas pessoas tinham entre 13 e 15 anos, seus professores responderam questionários, avaliando o quão felizes elas aparentavam ser. Pontos positivos ou negativos foram dados de acordo com as atitudes demonstradas pelo adolescente – fazer amizades facilmente, ser energético, ou ser desobediente e ansioso.

Esses dados foram comparados aos dados atuais de saúde mental, experiência de trabalho e relações sociais dos participantes do estudo. Adolescentes que receberam mais pontos negativos de seus professores tinham uma chance 60% maior de desenvolver doenças mentais. Quem recebeu avaliações mais positivas mostrou maiores níveis de bem estar na vida adulta, tendo mais satisfação na vida profissional, contato com família e amigos e atividades de lazer.

Casamento

Os pesquisadores tentaram estabelecer uma relação entre a felicidade na adolescência e a probabilidade de matrimônio, mas os resultados confundiram a equipe . Os adolescentes mais felizes têm uma tendência maior a se divorciarem. Os cientistas sugerem que isso pode ocorrer porque as pessoas que tiveram infâncias e adolescências mais felizes têm uma auto-estima melhor, e por isso conseguem sair de casamentos infelizes com mais facilidade.

Uma das autoras do estudo, a professora Felícia Huppert, afirma que a boa saúde mental traz benefícios à toda a sociedade e indivíduos. “Os resultados apóiam a visão de que mesmo nessa época de grandes dificuldades financeiras, políticos deviam priorizar o bem estar das nossas crianças para que elas tenham o melhor começo possível na vida”.

Fonte: EurekAlert! 25 de fevereiro de 2011

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