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Terapia de grupo ajuda pacientes de fobia social

16 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). A fobia social é um transtorno que faz com que a pessoa se sinta muito nervosa, desconfortável e tensa ao interagir com outras pessoas. 13% dos brasileiros sofrem dessa condição. O acompanhamento psicológico pode ajudar no controle da Fobia Social, mas acontecem mudanças no cérebro quando esse tratamento é aplicado?

Uma equipe de cientistas canadenses selecionou 25 pacientes de uma clínica da cidade de Ontario que sofriam de fobia social. Essas pessoas participaram de sessões de terapia de grupo semanais durante 3 meses. Os pesquisadores também selecionaram dois grupos controle em que os participantes fizeram testes que determinaram seus níveis de sintomas como altos ou baixos. Os grupos foram então divididos em dois: um com pessoas com muitos sintomas e outro com pessoas que tinham menos manifestações da fobia.

Os 25 pacientes receberam quatro electroencefalogramas. Dois antes do treinamento, um durante a metade e o quarto no final das sessões. Essas medições aconteceram em situações em que o paciente estava desconfortável e também em cenários que eles temiam, como ao dar um discurso.

Os electroencefalogramas dos 25 pacientes foram comparados aos dos grupos controle. Antes do tratamendo através da terapia de grupo, os exames dos  25 eram semelhantes aos do grupo controle de pessoas com níveis altos de fobia. Durante o tratamento, os pesquisadores viram melhoras nos exames do grupo em terapia, enquanto percebiam também uma diminuição nos sintomas dos pacientes. Ao final do tratamento, os electroencefalogramas do primeiro grupo eram semelhantes aos do grupo controle de pessoas com níveis mais baixos de fobia.

O estudo é um avanço na compreensão do tratamento de fobias e nos efeitos que o tratamento psicológico pode ter no cérebro. "Muita gente tende a pensar que terapia de fala nao é 'real', enquanto eles associam medicamentos com ciência forte, e mudança fisiológica. Mas no final do dia, a eficácia de qualquer programa deve ser mediada pelo cérebro e pelo sistema nervoso. Se o cérebro não muda, não haverá uma mudança no comportamento ou emoção", diz o líder da equipe de pesquisadores que fizeram o estudo, Vladimir Miskovic.

Fonte: Association for Psychological Science 14 de fevereiro de 2011

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