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Dia Mundial de Combate à hanseníase será comemorado com boas notícias no Brasil

28 de janeiro de 2011 (Bibliomed). Organização Mundial da Saúde estabeleceu o dia 30 de janeiro como o Dia Mundial de Combate à Hanseníase. Também conhecida como lepra, a hanseníase é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Altamente infecciosa, a bactéria ataca os tecidos superficiais, especialmente a pele e os nervos periféricos. Dessa forma, a pessoa contaminada perde a sensibilidade nas áreas afetadas.

No Brasil, a hanseníase ainda é considerada um problema de saúde pública, já que o país ocupa o segundo lugar no ranking em número de casos, ficando atrás apenas da Índia. Contudo, um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde mostra que, entre 2003 e 2009, houve uma redução de 27% no total de novos casos. Isso significa dizer que os novos casos passaram de 51.941  em 2003 para 37.610 em 2010. No mesmo período, o número de serviços com pacientes em tratamento de hanseníase aumentou em 45,9%.

Como o tempo entre a contaminação pela bactéria e os primeiros sintomas costuma ser longo, variando entre 2 e 5 anos, a pessoa costuma não prestar atenção quando os primeiros sinais aparecem. Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam, mas formigam e ficam dormentes, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque são sintomas de hanseníase.

Quando diagnosticada a tempo, a doença tem 100% de chances de cura sem deixar sequelas. O tratamento, gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), tem duração de seis meses a um ano e meio, dependendo do tipo da doença. O caso mais simples da doença é chamado de Paucibacilar, onde o paciente apresenta até cinco lesões na pele. Quando o número de lesões é maior, a doença passa a ser conhecida como multibacilar. Nessa última pode ocorrer formação de nódulos deformantes.

O tratamento utiliza a combinação de três medicamentos (rifampicina, dapsona e clofazimina), sendo chamado de poliquimioterapia (PQT). Mensalmente, o paciente vai ao serviço de saúde onde recebe a dose administrada por profissionais e as de uso diário, que vai usar em casa. Nos casos em que a doença atingiu o estágio mais grave, com deformidades físicas, o paciente é encaminhado a locais adequados para reabilitação do sistema público de saúde, onde poderá se beneficiar do tratamento adequado, seja cirúrgico ou fisioterápico. A regularidade do tratamento e o início mais precoce levariam a cura da hanseníase mais rápida e segura.

Leia mais sobre Hanseníase no site do Ministério da Saúde.

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