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Jogadores aposentados de futebol americano fazem uso excessivo de analgésicos, aponta estudo

28 de janeiro de 2011 (Bibliomed). Jogadores aposentados da National Football League - NFL (Liga Nacional de Futebol), nos Estados Unidos, utilizam mais analgésicos do que o resto da população. É o que prova o estudo realizado por pesquisadores da Washington University School of Medicine, em St. Louis.

As colisões violentas durante os jogos podem provocar lesões nos ossos que, por sua vez, levam a dores a longo prazo. Com isso, é comum que jogadores façam uso contínuo e, até mesmo abusivo de analgésicos. Publicado na revista "Drug and Alcohol Dependence", o estudo envolveu 644 ex-jogadores da NFL, aposentados entre 1979 e 2006. Esses foram analisados em relação à sua sáude em geral, ao nível de dor, ao histórico de lesões, contusões e analgésicos prescritos.

Os resultados mostram que 7% dos jogadores fazem uso de analgésicos opióides, medicamentos derivados do ópio, como a morfina, Vicodin codeína e oxicodona. Esse número é quatro vezes maior do que o da população em geral.

Segundo Linda B. Cottler, professora de epidemiologia e psiquiatria na Universidade de Washington, mais da metade dos opióides utilizados pelos jogadores durante as suas carreiras de NFL, não foram por motivos de lesões. “71 por cento dos profissionais tinha abusado das drogas. Ou seja, eles usaram a medicação por um motivo diferente ou de uma forma diferente do que era previsto, ou tomado analgésicos receitados para outra pessoa", diz.

Dados mostram ainda que, 15% dos jogadores que abusaram do uso de analgésicos opióides durante a carreira, continuam utilizando-os de forma incorreta depois de aposentados. Contudo, Linda Cotller diz que não se pode afirmar que esses jogadores se tornaram dependentes da droga.

Segundo Cotller, o que o estudo mostra é que os jogadores continuam a viver com muita dor. “A taxa de dor, atual grave é surpreendente", diz ela. “Entre os homens que usam atualmente opiáceo da prescrição - seja mal utilizado ou não - 75 por cento disseram que tinham dor intensa, e cerca de 70 por cento relataram moderada a grave deficiência física."

Fonte: Drug and Alcohol Dependence. 28 de janeiro de 2011.

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