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Doadores de rins não têm maior mortalidade que a população geral, destacam especialistas

11 de março de 2010 (Bibliomed). Um recente estudo realizado nos Estados Unidos indica que os doadores vivos de rins não morrem tão cedo quanto boa parte das pessoas pensam - o que, segundo os especialistas, pode tranquilizar os potenciais doadores e ajudar a reduzir a longa fila de espera por um órgão. Acompanhando, por 12 anos, mais de 80 mil americanos que doaram um de seus rins - frequentemente, para um familiar -, os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins notaram que o risco de morte no período seria praticamente o mesmo da população geral.

A comparação dos doadores com 9 mil não-doadores mostrou que os primeiros apresentavam uma mortalidade levemente maior nos primeiros 90 dias após a cirurgia, porém as taxas de morte desses participantes eram as mesmas ou até menores do que as dos não-doadores durante o restante do acompanhamento. Além disso, os resultados indicaram que os doadores do sexo masculino apresentam menores taxas de mortalidade em relação às mulheres no período de um ano após o procedimento.

De acordo com os pesquisadores, há cerca de 80 mil americanos na fila de espera por um rim - situação que não difere muito do problema enfrentado pelos brasileiros. E as estatísticas indicam que são realizados, nos Estados Unidos, cerca de 17 mil transplantes renais por ano, com 6 mil casos envolvendo doadores vivos. "Cabe à comunidade transplantada mostrar que sua vida não foi salva às custas de colocar em risco os doadores", destacou o pesquisador Dorry Segev. "Temos mostrado que a doação de rins é segura e livre de um significativo excesso de mortalidade em longo prazo", acrescentou.

Fonte: Journal of the American Medical Association. 09 de março de 2010.

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