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Estudo aponta que derrames "silenciosos" são comuns em hipertensos

03 de agosto de 2009 (Bibliomed). Derrames "silenciosos" – que não resultam em sintomas aparentes, mas causam danos ao cérebro – são comuns em pessoas com mais de 60 anos que apresentam pressão alta, segundo estudo publicado na última edição da revista médica Neurology.

Pesquisadores da Universidade de New South Wales, na Austrália, acompanharam, por dez anos, 477 pessoas com idades entre 60 e 64 anos. Inicialmente, 7,8% tinham infartos lacunares silenciosos – pequenas áreas de dano no cérebro que não apresentaram sintomas, mas eram vistos na ressonância magnética. E, até o final do estudo, um adicional de 1,6% dos voluntários desenvolveu esse tipo de derrame.

As análises mostraram que pessoas com pressão alta são 60% mais propensas a ter derrames "silenciosos" do que pessoas com pressão normal. Além disso, pessoas com um outro tipo de dano pequeno no cérebro chamado "hipersinais em substância branca" tinham quase cinco vezes mais chances de ter os derrames silenciosos.

"Esses derrames não são verdadeiramente silenciosos, porque eles são associados a problemas de memória e pensamento, e são uma possível causa de um tipo de demência", explicou o pesquisador Perminder Sachdev, líder do estudo. "A pressão alta é muito tratável, então, isso pode ser um forte alvo para prevenir doença vascular", concluiu o especialista.

Fonte: American Academy of Neurology. 30 de julho de 2009.

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