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Estudo associa altos níveis de insulina ao câncer de mama na pós-menopausa

14 de janeiro de 2009 (Bibliomed). O aumento dos níveis de insulina pode estar por trás da relação entre obesidade e câncer de mama. Um estudo publicado este mês no Journal of the National Cancer Institute indica que níveis de insulina maiores do que o normal podem aumentar os riscos de as mulheres que já passaram pela menopausa desenvolverem câncer de mama.

Os resultados do estudo trazem esperança de que intervenções direcionadas ao controle da insulina e seus processos de sinalização possam reduzir os riscos de câncer de mama em mulheres na pós-menopausa – período em que ocorre a maioria dos casos.

A obesidade é um fator de risco bem estabelecido para o câncer de mama, porém os mecanismos por trás da relação são pouco conhecidos. Muitas pesquisas sugerem que o hormônio estrogênio pode cumprir um papel na relação entre obesidade e câncer de mama. Porém, as mulheres obesas podem ter outros desequilíbrios hormonais, como mudança nos níveis de insulina, que, segundo os especialistas, estimula o crescimento de células de câncer em culturas de tecidos.

Avaliando mais de 1,6 mil mulheres na pós-menopausa – 835 que desenvolveram câncer de mama durante o acompanhamento –, os pesquisadores descobriram que aquelas com maiores níveis de insulina no sangue no início do estudo eram 50% mais propensas a desenvolver câncer de mama, comparadas com mulheres com menor concentração do hormônio.

Os resultados indicam que esse efeito seria maior entre as mulheres que não fizeram a terapia de reposição hormonal. Segundo os autores, isso ocorre porque a terapia tem um efeito significativo nos níveis de insulina e em outros fatores hormonais.

Os pesquisadores ressaltaram que, controlando os níveis de insulina na análise, a associação entre obesidade e câncer de mama se tornava mais fraca, indicando que “um grande componente dessa relação ‘obesidade-câncer de mama’ pode ser mediado pelos níveis de insulina”.

Agora, os especialistas defendem a necessidade de mais estudos para o desenvolvimento de uma forma eficaz de reduzir os efeitos da insulina no crescimento e reprodução das células doentes. E há a possibilidade de recomendarem a triagem de mulheres não-diabéticas na pós-menopausa para altos níveis de insulina como forma de identificar as com alto risco de câncer.

Fonte: EurekAlert. Public release. 09 de janeiro de 2009.

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