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Fatores Psicossociais São Relevantes em Doenças Cardíacas

Por Peter Hofland

AMSTERDÃ (Reuters Health) - Fatores psicossociais como estresse do trabalho ou solidão podem aumentar o risco de doenças cardíacas, conforme estudo apresentado na segunda-feira durante o 22o Congresso da Sociedade Européia de Cardiologia, em Amsterdã.

O estudo, baseado em mais de 30 pesquisas, confirma que um ambiente psicossocial adverso pode levar as pessoas a um alto risco de doenças cardíacas. As descobertas sugerem que um ambiente psicossocial adverso também pode aumentar o risco de morte em pacientes que já têm doenças do coração.

Os fatores psicossociais são associados à aterosclorose, com o aumento do risco de taxas de disfunções do coração, traços de lipídios prejudiciais (gordura no sangue), estados pré-diabéticos e coágulos sanguíneos anormais.

"Os seres humanos são mais que a soma de seus maus hábitos de fumo e dieta em termos de riscos cardiovasculares. A política e a pesquisa para doenças cardíacas deveriam aumentar a atenção para o ambiente psicossocial em que todos nós vivemos", avaliou o chefe da equipe, H. Hemingway, de Londres.

Pesquisadores belgas apresentaram dados preliminares do estudo em andamento denominado "Estresse no trabalho, ausentismo e doença Coronariana : um estudo europeu cooperativo". O ausentismo é a tendência para faltar muito ao trabalho.

Os investigadores da Universidade Livre de Bruxelas informaram ter encontrado evidências de que o estresse do trabalho, a depressão, a solidão e outros fatores psicossociais podem ser importantes na determinação da doença cardíaca.

As observaçãos provém de dados de mais de 25 mil homens e 13 mil mulheres na Suécia, Holanda, França, Espanha, Itália e Bélgica. O estudo de três anos seguiu os participantes para determinar se a ocorrência de novos ocorrências coronarianas como ataques cardíacos fatais ou não e morte súbita, poderiam ser relacionados ao estresse do trabalho e outras tensões.

O chefe da equipe, Marchel Kornitzer, apresentou os dados preliminares de 122 pessoas com sinais de doença cardíaca e 366 pessoas do grupo de controle sem sintomas. As pessoas com doenças cardíacas tiveram níveis de colesterol e pressão arterial, em média, mais altos e tinham maior chance de serfumantes.

Conforme os pesquisadores, a equipe verificou que as pessoas com sintomas de doença cardíaca estavam sob maior estresse psicológico e tensão no trabalho que as pessoas do grupo de controle. Os pesquisadores determinaram que tanto as demandas psicológicas como o alto nível de tensão no trabalho podem gerar mais ocorrências coronarianas, mesmo que os dados preliminares não tenham sido estatisticamente relevantes.

Os resultados definitivos do estudo devem estar disponíveis dentro de seis meses, informaram os pesquisadores.

Sinopse preparada por Reuters Health

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