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Transplante de células de cordão umbilical no tratamento de crianças com leucemia aguda

05 de julho de 2007 (Bibliomed). O uso do sangue extraído do cordão umbilical é uma alternativa ao transplante de medula óssea, no tratamento de crianças portadoras de leucemia. Porém, o transplante de medula óssea, obtida de doador aparentado e com compatibilidade, ainda é a melhor terapia nestes casos. Um grupo de cientistas publicou estudo na revista The Lancet em 2007, onde avaliaram a evolução de um conjunto de crianças curadas de leucemia, a partir das técnicas de transplante de sangue coletado do cordão umbilical.

Foram incluídas na pesquisa 503 crianças, com idade inferior a 16 anos, portadores de leucemia, as quais receberam transplante de sangue de cordão umbilical. Também participaram 282 crianças receptoras de transplante de medula óssea, sendo a evolução de cada grupo comparada ao longo do período de seguimento.

Os resultados divulgados revelaram que a sobrevida, nos cinco anos seguintes ao transplante, foi similar, dentre as crianças receptoras de transplante de medula óssea obtida em doador aparentado, quando comparada às receptoras de células de cordão umbilical de doador não aparentado. Por sua vez, parece que a sobrevida é maior dentre as crianças que receberam transplante de células de cordão umbilical compatíveis, ou seja, obtidas de doador aparentado.

A mortalidade relacionada ao procedimento, foi maior dentre as crianças transplantadas com sangue de cordão umbilical não compatível. Assim, os autores concluem que o uso de sangue de cordão pode ser realizado, em substituição ao transplante de medula óssea, no tratamento de crianças com leucemia aguda. Ressaltam, porém, a necessidade de obtenção de sangue compatível, a fim de reduzir o risco de óbito.

Fonte: The Lancet 2007; 369 (9577) : 1947 – 1954 (9 June).

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