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Riscos da adolescência fazem parte do crescimento, dizem especialistas.

04 de maio de 2007 (Bibliomed). A adolescência é considerada uma fase de transição entre a infância e a idade adulta. Por ser um período de intensas mudanças, tanto físicas quanto mentais, o adolescente muitas vezes pode se envolver em situações de risco, como o uso de bebidas alcoólicas, tabagismo, drogas, sexo sem proteção, entre outras. Mas qual seria o real significado de se expor a tantos conflitos?

Um artigo publicado no Current Directions in Psychological Science, em abril deste ano, e produzido por especialistas da área de Psicologia da Universidade de Temple, Filadélfia, procura responder a essa questão, que intriga psicólogos há anos.

De acordo com os autores, a instabilidade do período da adolescência seria a responsável pela vulnerabilidade do indivíduo. É fato de que os adolescentes conhecem a respeito das implicações do uso de drogas ou sexo precoce e desprotegido. O que é sugerido para esse fato é que o cérebro do adolescente necessita infringir regras para aprender a tomar decisões maduras, em diferentes momentos. Além disso, esse fato é observado comparativamente com outros animais, o que também fortalece a hipótese de que enfrentar riscos seja um fato biológico. Entretanto, isso não significa, de acordo com os psicólogos, que os não adolescentes devam ser educados sobre os perigos expostos anteriormente. Pelo contrário, a educação sobre essa problemática é crucial na formação desses jovens, tanto individualmente quanto socialmente.

Uma outra observação feita pelos pesquisadores é que os adolescentes controlam mais os seus impulsos e comportamentos de risco quando estão sozinhos, comparativamente aos adultos. Caso estejam sob vigilância, normalmente é o contrário que se impõe. Isso constitui uma importante questão para a saúde pública, que deverá realizar medidas estratégicas para a orientação desses indivíduos.

Fonte: Current Directions in Psychological Science; 16 (2): 55 – 59 (April 2007)

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