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Melhores tratamento e rastreio reduzem mortes por câncer de mama

29 de abril de 2024 (Bibliomed). Embora os cânceres da mama avançados não sejam considerados curáveis, as mulheres vivem mais do que nunca graças à melhoria dos cuidados médicos. Três quartos do declínio nas mortes por câncer da mama devem-se a um melhor tratamento dos cânceres em fase inicial e avançado, sendo o quarto restante devido ao rastreio de rotina, indica estudo realizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Em particular, os pesquisadores descobriram que cerca de 29% da redução nas mortes por câncer da mama se deve a um melhor tratamento dos cânceres avançados que se espalharam para outras partes do corpo.

Os pesquisadores usaram quatro modelos de computador para avaliar os dados federais de vigilância sanitária de 1975 a 2019. Todos os modelos apresentaram estimativas notavelmente semelhantes sobre o impacto da mamografia de rastreio, do tratamento do câncer da mama em fase inicial e do tratamento do câncer da mama avançado.

Cerca de 47% da redução global deve-se à melhoria dos tratamentos para o câncer da mama em fase inicial, 29% à melhoria do tratamento dos cânceres da mama avançados que se espalharam para outras partes do corpo e 25% à mamografia de rastreio.

O verdadeiro impacto das melhorias no tratamento do câncer da mama avançado pode ser visto pelo aumento do tempo médio de sobrevivência após o câncer se ter espalhado para outras partes do corpo.

As pacientes diagnosticadas com câncer de mama avançado em 2000 viveram em média 1,9 anos, em comparação com uma média de 3,2 anos para aqueles diagnosticados em 2019.

O tempo de sobrevivência depende do tipo de câncer de mama, entretanto pacientes om câncer positivo para receptor de estrogênio e HER2 positivo tiveram um aumento médio no tempo de sobrevivência de 2,5 anos entre 2000 e 2019. Aquelas com câncer positivo para receptor de estrogênio e negativo para HER2 viveram em média 1,6 anos a mais. Já as com cânceres com receptores de estrogênio negativos e HER2 negativos viveram cerca de 0,5 anos a mais.

Fonte: Journal of the American Medical Association. DOI: 10.1001/jama.2023.25881.

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