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Déficits auditivos: prioridade para países em desenvolvi

02 de maio de 2007 (Bibliomed). O déficit auditivo consiste em um grave problema, principalmente durante o desenvolvimento da criança, pois interfere no aprendizado da fala, da cognição e educação, além de ocasionar problemas de adaptação social. De acordo com a OMS, o déficit é definido com uma perda maior que 30 dB em crianças com mais de 15 anos, e mais que 40 dB, em adultos, numa freqüência sonora de 0,5; 1; 2 e 4 kHz. Essa definição abrange principalmente o que chamamos de distúrbios neurosensoriais (ou seja, associados aos nervos ligadas à audição), excluindo as lesões auditivas, ocasionadas pela dificuldade de condução do som, independente da severidade ou duração.

Um artigo publicado recentemente em abril, na revista inglesa The Lancet, relata a importância que é dada a esta patologia pelo Banco Mundial, nos países em desenvolvimento. Segundo a OMS, em 2005, cerca de 278 milhões de pessoas apresentavam esse problema, sendo que 2/3 delas se encontravam nos países em desenvolvimento. Aproximadamente, 68 milhões desses indivíduos, desenvolveram a deficiência durante a infância.

A problemática dos distúrbios auditivos já está em pauta há alguns anos. Um resolução feita em 1995, pela Assembléia Mundial de Saúde, apresenta a importância da identificação de deficiência auditiva em recém – nascidos, lactentes e crianças, assim com em indivíduos mais velhos dentro da atenção primária de saúde.

Diversas são as causas para o déficit auditivo, dentre elas pode-se citar a congênita, que acomete 4 de cada 1000 recém – nascidos. Outras causas são infecções (citomegalovirose, toxoplasmose, sífilis, sarampo, rubéola, otite, drogas, etc) e traumas. Esses fatos são observados principalmente em países em desenvolvimento, em decorrência das pobres condições socioeconômicas e de saúde.

O Banco Mundial, juntamente com a OMS e a Unesco, estão buscando desenvolver estratégias para minimizar a incidência do déficit auditivo e suas conseqüências em todo o mundo, em vista das importantes implicações dessa situação. Simples implementações, como a melhora dos programas pré-natais, vacinações, aconselhamento genético e criação de centros de apoio à criança com déficit auditivo, já estão sendo realizadas.

Fonte: The Lancet, Current Issue; 369 (9569): 1314 – 1317 (April 2007) DOI: 10.1016/S0140-6736(07)60602-3

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