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Quando se perde um ente querido....

12 de março de 2007 (Bibliomed). A morte de algum familiar é uma situação caracterizada por profundas alterações emocionais e psíquicas, nos parentes do falecido. A sensação de vazio, de perda, a qual assola os familiares, pode tomar proporções consideradas anormais, evoluindo para quadros de transtornos psíquicos, necessitando de auxílio médico para melhor lidar com a situação.

Acredita-se que o luto, resultante da morte de alguém próximo, apresente uma evolução cronológica, pautada por diversas fases. Em cada fase o indivíduo vivenciaria um sentimento distinto, como se fosse uma forma de adaptação psíquica frente a situação de perda que se instalou. Com o objetivo de melhor esclarecer tais estágios do luto, um grupo de pesquisadores norte-americanos escreveu um estudo na revista JAMA (The Journal of American Medical Association), em Fevereiro de 2007.

A pesquisa contou com a participação de 233 pessoas, as quais apresentaram experiência recente da perda de algum ente próximo. Foram avaliadas as respostas emocionais e as repercussões decorrentes de tal experiência.

Verificou-se que a descrença quanto aos valores da vida, não foi a resposta emocional inicial mais comum, ao contrário do que se acreditava anteriormente. A aceitação quanto à perda (conformismo) e a saudade, foram os sentimentos mais relatados pelos participantes do estudo. A seqüência cronológica de sentimentos vivenciados foi: saudade, descrença, raiva, depressão e aceitação.

Além disso, os autores afirmam que o período em que o indivíduo apresenta as sensações de perda, de uma forma mais intensa, são os primeiros seis meses que se seguem à morte do familiar. Assim, tal período merece um acompanhamento minucioso visando à detecção de transtorno psíquico ou qualquer outra anormalidade.

Fonte: JAMA. 2007; 297 (7): 716 – 723 (February 21).

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