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Otimismo – receita para combater o câncer

05 de janeiro de 2007 (Bibliomed). Uma das etapas mais importantes no tratamento do câncer é a abordagem psicológica do indivíduo doente. Muitas pessoas ainda apresentam uma visão de que o diagnóstico de câncer é o mesmo que predizer um desfecho fatal. Porém atualmente sabe-se que a maioria dos tumores, quando diagnosticados precocemente e adequadamente tratados, são passíveis de cura e deixam seqüelas pouco aparentes, ou até mesmo inaparentes.

Entretanto, isso não significa que o câncer seja uma doença isenta de riscos. Deve-se dar especial atenção ao indivíduo com diagnóstico de câncer, valorizando-se suas crenças e expectativas acerca da doença e do tratamento. Sabe-se que os indivíduos com postura positiva frente a doença, apresentam melhores resultados no tratamento e melhor qualidade de vida, em relação àqueles que adotam postura pessimista.

Estes achados foram revelados por um grupo de pesquisadores que escreveram um artigo na revista Mayo Clinic Proceedings. Os investigadores promoveram um estudo para avaliar a relação entre a postura otimista ou pessimista do doente, frente ao diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço e da tireóide, e a sua qualidade de vida.

Entre os anos de 1963 até 2000 foram selecionadas 190 pessoas, com diagnóstico de câncer da tireóide ou de câncer de cabeça e pescoço, as quais se submeteram a um questionário, a fim de avaliar sua postura frente à doença, e o impacto desta postura na qualidade de vida.

Os resultados preliminares mostravam que a postura otimista estava associada com melhor qualidade de vida, em todos os doentes, independentemente do tipo de tumor que apresentavam. Todavia, quando os resultados obtidos foram ajustados para a idade, sexo e estágio da doença, não foi encontrada associação entre postura otimista e melhora da qualidade de vida, dentre o grupo de indivíduos com tumores de cabeça e pescoço, diferentemente dos portadores de câncer de tireóide.

Com isso os autores concluíram que a postura otimista apresenta maior impacto na melhora da qualidade de vida, dentre os portadores de câncer da tireóide, em comparação com aqueles com tumor de cabeça e pescoço.

Fonte: Mayo Clin Proc. 2006; 81 (12): 1545 – 1552.

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