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Abortos matam 68.000 mulheres por ano

07 de dezembro de 2006 (Bibliomed). Um novo estudo, publicado na última edição da revista The Lancet, afirma: abortos, feitos em condições pouco seguras, nos países em desenvolvimento, matam 68.000 mulheres a cada ano. Também levam à hospitalização pelo menos cinco milhões de outras mulheres, devido a complicações de abortos induzidos.

A pesquisa foi levada a cabo por investigadores do Guttmacher Institute de Nova Iorque, que chegou a estes resultados, depois de analisar dados de 13 países.

O estudo se baseou em estimativas nacionais de admissões hospitalares, relacionadas ao aborto, em mulheres entre 15 e 44 anos, de 13 países em desenvolvimento na África (Egito, Nigéria, e Uganda), na Ásia (Bangladesh, Paquistão, e Filipinas), e na América Latina e Caribe (Brasil, Chile, Colômbia, República Dominicana, Guatemala, México, e Peru). Estes dados foram combinados com dados adicionais de cinco países na África sub-saariana (Burkina Faso, Gana, Quênia, Nigéria, e África do Sul), para dar estimativas para as três regiões mundiais.

Os resultados da análise mostraram uma incidência de complicações pós-aborto de 5,7 por 1.000 mulheres, por ano, em todas as regiões em desenvolvimento, excluindo a China. Comparativamente, são raras as complicações ou internamentos, secundários ao aborto, nos países desenvolvidos.

Segundo os pesquisadores, ligados a uma Fundação pró-aborto, seria necessário haver um acesso crescente a serviços de aborto seguros; seria este o modo mais efetivo de prevenir as complicações causadas por abortos inseguros, sendo esta uma alta prioridade para os países em desenvolvimento.

Fonte: The Lancet 2006; 368:1887-1892.

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